Economia

Focus revisa para baixo PIB de 2015 pela nona vez seguida

A mediana de previsão aprofundou a perspectiva de retração e passou de 0,50% para 0,58%


	Indústria: a produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB
 (bugphai/ThinkStock)

Indústria: a produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB (bugphai/ThinkStock)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de março de 2015 às 09h43.

Brasília - Com a deterioração das estimativas para a produção industrial, a mediana das previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 aprofundou a perspectiva de retração e passou de 0,50% para 0,58% no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central.

Há quatro semanas, a estimativa ainda estava positiva, em 0,03%. Esta foi a nona revisão seguida para baixo desse indicador.

Para 2016, a expectativa segue um pouco mais otimista. A previsão de alta de 1,50% foi mantida pela quarta semanas consecutiva.

A produção industrial continua como referência para a confecção das previsões para o PIB em 2015 e 2016.

No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de queda de 0,72% para este ano, bem maior do que a previsão de baixa de 0,35% vista na semana passada e de alta de 0,50% de quatro semanas atrás.

Para 2016, as apostas de expansão para a indústria são de elevação e foram ampliadas de 2,00% para 2,40% de uma semana para outra. Mesmo assim, a mediana está mais baixa do que a vista quatro edições da pesquisa Focus: 2,50%.

Os economistas alteraram também suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB.

Para 2015, a mediana das previsões passou de 37,90% para 38,20% - quatro semanas antes esse número estava em 37,00%.

No caso de 2016, as expectativas ficaram congeladas em 38,90% de uma semana para outra - um mês atrás estava em 37,00%.

Superávit comercial

As projeções do mercado financeiro para a balança comercial apresentaram melhora tanto para 2015 quanto para 2016.

A mediana das estimativas para o saldo comercial em 2015 saiu de um saldo positivo de US$ 4,40 bilhões para US$ 5 bilhões no período, mesmo patamar visto quatro semanas atrás.

Para 2016, a mediana das projeções aumentou de um superávit de US$ 11 bilhões para US$ 11,24 bilhões. Um mês antes, a projeção mediana era de uma saldo positivo de US$ 10,51 bilhões.

No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro ajustou a mediana para 2015 de um déficit de US$ 78,40 bilhões da pesquisa passada para US$ 79,10 bilhões. Quatro semanas atrás estava em US$ 78,00 bilhões.

Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo passou de US$ 69,75 bilhões na semana passada para US$ 70 bilhões agora.

Um mês antes esse número estava em US$ 69,50 bilhões.

Para esses analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) será insuficiente para cobrir esse resultado deficitário em 2015 e também no ano que vem, já que a mediana das previsões para esse indicador foi mantida US$ 60,00 bilhões no caso de 2015 e reduzida de US$ 60 bilhões para US$ 58,50 bilhões no de 2016.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusIndicadores econômicosMercado financeiroPIB

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições