Real: para o fim de 2017, a projeção do Focus seguiu em 10,75% ao ano (foto/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2016 às 10h05.
Brasília - Ainda sob efeito do choque global surgido após a vitória de Donald Trump na eleição americana, os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa de que a Selic, atualmente em 14,00% ao ano, passe por apenas mais uma redução de 0,25 ponto porcentual em 2016, no encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês.
O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 21, diz que a mediana das previsões para a Selic no fim de 2016 permaneceu em 13,75% ao ano.
Na prática, se confirmado, isso significará um corte igual ao promovido pelo BC em 19 de setembro. Há um mês, antes do "efeito Trump" sobre as perspectivas, os economistas esperavam que a Selic terminasse 2016 em 13,50%.
Para o fim de 2017, a projeção do Focus seguiu em 10,75% ao ano, ante 11,00% ao ano de um mês atrás.
Na ata do último encontro do Copom, o colegiado do BC havia afirmado que cortes maiores da Selic dependerão da retomada da desinflação de serviços e de avanços no ajuste fiscal. Recentemente, já após a eleição de Trump, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou que a ata continua válida.
No relatório Focus desta segunda-feira, a Selic média de 2016 permaneceu em 14,16% ao ano. Para 2017, passou de 11,63% para 11,67% ao ano. Há um mês, a mediana das taxas médias projetadas para este e o próximo ano eram de 14,13% e 11,63%, nesta ordem.
Para o Top 5, grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções de médio prazo, a taxa básica terminará 2016 em 13,75% ao ano, mesmo patamar previsto uma semana antes.
Há um mês, a projeção era de 13,50% ao ano. Para o ano que vem, as estimativas do Top 5 caíram de 11,50% para 11,25% ao ano. Há um mês, também estava em 11,25% ao ano.