Economia

Focus piora estimativa de retração do PIB e de alta do dólar

A piora vem depois de dados confirmarem que a economia brasileira entrou em recessão técnica, com a queda de 1,9 por cento no segundo trimestre


	Dólares: piora vem depois de dados confirmarem que a economia brasileira entrou em recessão técnica
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Dólares: piora vem depois de dados confirmarem que a economia brasileira entrou em recessão técnica (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 09h58.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras pioraram pela oitava semana seguida as perspectivas para a contração do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, levando junto a projeção para 2016, ao mesmo tempo em que passaram a ver o dólar mais alto.

A pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta terça-feira mostrou que a projeção para a retração da economia em 2015 chegou agora a 2,44 por cento, contra queda de 2,26 por cento na semana anterior. Para 2016, a previsão de contração do PIB foi a 0,50 por cento, ante recuo de 0,40 por cento anteriormente.

A piora vem depois de dados confirmarem que a economia brasileira entrou em recessão técnica, com a queda de 1,9 por cento no segundo trimestre sobre os três meses anteriores.

Na comparação anual, o PIB caiu 2,6 por cento. A pesquisa Focus também apontou alta nas perspectivas para o dólar, agora projetado a 3,60 reais neste ano ante 3,50 reais e a 3,70 reais no final de 2016, ante 3,60 reais anteriormente.

Diante da deterioração da cena política e fiscal do Brasil, além de fatores externos, a moeda norte-americana já se valorizou 45 por cento este ano até a sessão de sexta-feira.

A sondagem mostrou um leve ajuste nas projeções para a inflação, mostrando que o IPCA agora deve fechar 2015 a 9,29 por cento, 0,01 ponto percentual a mais que na anterior, e 2016 a 5,58 por cento, 0,07 ponto percentual a mais do que na pesquisa divulgada na semana passada.

As expectativas para a taxa básica de juros Selic, por sua vez, não sofreram alterações, e o Focus continua apontando que a taxa ficará em 14,25 por cento no fim deste ano e a 12,00 por cento ao final de 2016.

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