Economia

Focus mantém Selic em 2016, mas projeção para inflação piora

A expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana


	Supermercado: a expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana
 (Kesko)

Supermercado: a expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana (Kesko)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 08h47.

São Paulo - A projeção de economistas para a taxa básica de juros no final de 2016 permaneceu inalterada, em meio a um cenário de forte pressão inflacionária e contínua deterioração do cenário da atividade econômica.

Na pesquisa Focus do Banco Central com uma centena de economistas divulgada nesta segunda-feira, a estimativa para a Selic, atualmente em 14,25 por cento, permaneceu em 15,25 por cento no fim deste ano. A expectativa é de uma alta de 0,5 ponto percentual já na próxima semana, apesar de especulações no mercado futuro de juros sobre pressões para o BC manter a Selic no nível atual.

Depois disso, os especialistas consultados veem nova alta de 0,50 ponto em março e outra de 0,25 ponto em abril, com a Selic caindo a 15,25 por cento em dezembro.

Mesmo com o aperto monetário em vista, as contas para a inflação não param de piorar. A projeção para a alta do IPCA este ano subiu em 0,06 ponto percentual, a 6,93 por cento, acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento pelo IPCA com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Já para 2017 a estimativa para a inflação oficial permaneceu em 5,20 por cento. Neste caso a meta é de 4,5 por cento, mas com tolerância menor, de 1,5 ponto percentual.

Em 2015, o IPCA acumulou alta de 10,67 por cento, maior nível em 13 anos, estourando o teto da meta do governo pela primeira vez desde 2003.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas projetam contração de 3,73 por cento em 2015, contra queda de 3,71 por cento vista na semana anterior.

Para 2016 a retração estimada passou para 2,99 por cento, de queda de 2,95 por.

Em relação a 2017 as contas também pioraram, com expansão prevista de 0,86 por cento contra 1 por cento antes, taxa que permanecia desde o início de outubro.

Texto atualizado às 9h47.

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