Economia

Focus mantém expectativa para corte da Selic em setembro

De acordo com a pesquisa, a Selic deve ir dos atuais 9,25 por cento para 8,25 por cento no encontro de 5 e 6 de setembro do Copom

Ilan Goldfajn: BC vem cortando desde outubro passado a taxa básica de juros (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Ilan Goldfajn: BC vem cortando desde outubro passado a taxa básica de juros (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 21 de agosto de 2017 às 09h48.

São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a expectativa de que o Banco Central irá manter o ritmo de corte de juros básicos em setembro, com inflação e economia em níveis fracos.

De acordo com a pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC, a Selic deve ir dos atuais 9,25 por cento para 8,25 por cento no encontro de 5 e 6 de setembro do Comitê de Política Monetária (Copom), segundo os cálculos dos especialistas consultados.

O levantamento divulgado nesta segunda-feira mostrou ainda que a mediana das projeções é de que a Selic terminará este ano e o próximo a 7,5 por cento, sem alterações em relação à pesquisa anterior.

O BC vem cortando desde outubro passado a taxa básica de juros, sendo que o último movimento realizado no final de julho foi de 1 ponto percentual.

O Top-5, grupo que mais acerta as previsões, também vê corte de 1 ponto percentual na próxima reunião, mas mantém a expectativa de Selic a 7,25 por cento ao final tanto de 2017 quanto de 2018.

O Focus trouxe ainda ligeiro ajuste na expectativa para a inflação este ano, com o avanço do IPCA em 2017 calculado agora em 3,51 por cento, 0,01 ponto percentual a mais do que na semana anterior.

Para 2018 a conta continua sendo de inflação de 4,20 por cento. Em ambos os anos, a meta oficial de inflação é de 4,5 por cento, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em relação à economia, a visão dos especialistas é de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 0,34 por cento em 2017 e 2 por cento em 2018.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB, mostrou na semana passada expansão de 0,25 por cento no segundo trimestre na comparação com os três primeiros meses do ano.

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