Boletim Focus: a mediana das previsões para esse conjunto de itens no ano que vem passou de 5,92% para 6,00%. Há quatro semanas, estava em 5,88% (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 10h46.
Brasília - O Relatório de Mercado Focus trouxe na manhã desta segunda-feira, 5, mais uma leva de alta das projeções para os preços administrados deste e do próximo ano, depois do anúncio do aumento do preço da gasolina e do diesel.
Segundo o documento divulgado nesta segunda pelo Banco Central, a mediana das previsões para esse conjunto de itens no ano que vem passou de 5,92% para 6,00%. Há quatro semanas, estava em 5,88%.
Para 2015, as estimativas do mercado financeiro para os preços administrados foram ajustadas de 15,50% para 15,55% de uma semana para outra - um mês atrás, a mediana das estimativas era de 15,20%.
O BC também revisou seu cenário para o conjunto de preços apontado como o principal vilão da inflação no curto prazo.
De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, os preços administrados devem ter alta de 15,4% em 2015 no cenário de mercado e no de referência ante estimativa anterior de 13,7% em ambos os cenários.
Para chegar a estes porcentuais, o BC considerou a hipótese de variação de 9,6% do preço da gasolina até agosto de 2015. Da mesma forma, o BC levou em conta a estimativa de alta de 15% do preço do botijão de gás, mesmo valor da ata e maior que os 4,3% do RTI passado.
No caso de tarifas de telefonia fixa, a estimativa era de -3% no RTI de junho, de -3,5% na última ata e também de -3,5% no RTI de setembro.
Em relação aos reajustes das tarifas de energia elétrica, o BC projeta uma variação de 49,6% para 2015 ante alta de 43,4% do RTI de junho e de 49,2% da última ata.
A atualização do Relatório para os preços administrados em 2016 mostra que o BC espera um avanço desse conjunto de itens de 5,7% no cenário de mercado e no de referência. Em ambos casos, a previsão anterior da autoridade monetária no RTI era de uma alta de 5,3%.
Na ata do Copom, as projeções estavam em 15,2% para 2015 e em 5,7% para 2016.