Economia

Focus corta ainda mais previsão de alta do PIB

Pelo documento, a economia brasileira crescerá apenas 0,30% este ano


	Banco Central: esta é a 17ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo
 (Arquivo/Exame/EXAME.com)

Banco Central: esta é a 17ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo (Arquivo/Exame/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2014 às 09h13.

Brasília - A mediana das expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 deu mais um passo em direção à estabilidade no Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Banco Central.

Pelo documento, a economia brasileira crescerá apenas 0,30% este ano ante projeção anterior de avanço de 0,33% e de expansão de 0,70% esperada um mês atrás. Esta é a 17ª semana consecutiva em que o mercado revisa suas planilhas para baixo.

Os economistas continuam a acreditar em alguma retomada da atividade no ano que vem, mas cada vez com menos força, já que a taxa mediana da Focus para o período recuou de 1,04% para 1,01%. Quatro semanas antes, a estimativa de crescimento para o próximo ano estava em 1,20%.

Conforme a pesquisa, o setor manufatureiro terá retração de 1,94% este ano ante previsão de queda de 1,98% esperada na semana passada. Vale lembrar que, um mês antes, a expectativa era de uma diminuição da atividade de 1,76%.

Para 2015, a previsão também é de recuperação do setor, que deve ter expansão de 1,60% - estava em 1,50% no documento anterior. Há um mês, a mediana estava em 1,70%.

Os analistas também mantiveram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2014.

A Focus de hoje aponta a mesma mediana da semana passada: 35,00% - um mês atrás estava em 34,99%. Para 2015, a mediana subiu de 35,30% para 35,40%. Quatro semanas antes, estava em 35,00%.

Inflação

Com a divulgação, na sexta-feira, 19, de que o IPCA-15 ficou acima das expectativas (0,39%), o Relatório de Mercado Focus revelou que as projeções para o IPCA foram ajustadas para cima. Para o curto prazo, foram vistos os maiores correções na pesquisa, com a mediana das estimativas para o IPCA de setembro passando de 0,40% - mesma taxa de um mês atrás - para 0,42%.

No caso de outubro, o ponto central da pesquisa ficou e deslocou de 0,49%, também mesma taxa de quatro semanas antes - para 0,50% ante de um mês atrás.

Para o final deste ano, a mediana das estimativas passou de 6,29% para 6,30% ante variação de 6,27% de um mês atrás. No caso de 2015, no entanto, a taxa caiu de 6,29% para 6,28%, exatamente o mesmo porcentual de quatro semanas antes.

A previsão suavizada para o IPCA para os 12 meses à frente subiu de 6,28% para 6,32% e se distanciou ainda mais da mediana de 6,24% registrada quatro semanas atrás.

Nas estimativas do grupo dos analistas consultados que mais acertam as projeções, o chamado Top 5 da pesquisa Focus, a previsão para o IPCA em 2014 no cenário de médio prazo também foi elevada de 6,28% para 6,31%. No caso de 2015, porém, a taxa ficou em 6,40%. Um mês atrás, a mediana das previsões para o IPCA eram, respectivamente, de 6,27% e 6,48%.

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