A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, chega ao Diálogo Ministerial Sobre Desenvolvimento Sustentável (Yuri Gripas/Reuters)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2012 às 22h53.
Brasília – O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje (20) ter chegado à soma de US$ 430 bilhões em arrecadações de seus membros, o que ultrapassa a meta de US$ 400 bilhões estabelecida pela diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, e aumenta poder de fogo do fundo para lidar com a crise econômica.
De acordo com um comunicado feito por Lagarde, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – o Brics –, e outros países, entre eles Indonésia, Malásia e Tailândia, indicaram que concederão US$ 72 bilhões à instituição. Esses países, no entanto, ainda não divulgaram quanto vão colaborar individualmente. O total será somados aos US$ 362 bilhões de 12 países e do grupo da zona do euro.
"Esses países precisam voltar para casa, negociar e voltar com um número", disse a diretora-gerente durante uma entrevista coletiva em Washington.
"Estes recursos estão sendo disponibilizados para a prevenção e a resolução da crise, e para preencher as potenciais necessidades de todos os membros do FMI. Eles serão retirados apenas se necessário, e, se forem usados, serão devolvidos com juros”, informou Lagarde, em nota.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que o aporte financeiro do Brics será conjunto e que só ocorrerá se o FMI der continuidade às reformas para ampliar o poder dos países emergentes na instituição.
O valor da contribuição de cada país ainda levará dois meses para ser definido. Dos países do Brics, apenas a Rússia decidiu o valor do repasse para o fundo: US$10 bilhões.
*Com informações da BBC Brasil