Economia

FMI revê para cima previsão e espera que Reino Unido cresça 0,7% neste ano, com 'pouso suave'

Fundo também projeta que o país cresça 1,5% em 2025

Londres: capital do Reino Unido é um dos centros financeiros mais importantes da Europa (Alexander Spatari/Getty Images)

Londres: capital do Reino Unido é um dos centros financeiros mais importantes da Europa (Alexander Spatari/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 21 de maio de 2024 às 08h40.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que o crescimento do Reino Unido se recupera mais rápido que o esperado e vê o país se aproximar de um "pouso suave", após "leve recessão técnica em 2023".

O FMI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 0,7% neste ano, acima da alta de 0,5% projetada em abril, e que cresça 1,5% em 2025. A avaliação e a projeção atualizada estão em comunicado para concluir uma missão do Fundo ao país, no contexto do Artigo IV das regras de funcionamento do organismo internacional.

Segundo o FMI, a inflação ao consumidor desacelera mais rápido do que o previsto no ano passado e deve retornar de modo duradouro à meta no início de 2025 no país. Ele diz que, nesse quadro, o momento e o ritmo dos cortes de juros precisam ser avaliados com cuidado, a fim de se equilibrar riscos de agir de modo prematuro ou atrasado. Também avalia que a política fiscal "tem sido apropriadamente apertada", mas projeta "escolhas difíceis" no médio prazo para estabilizar a dívida pública, diante de pressões significativas de serviços públicos e investimento crítico necessário.

O fundo ainda diz que o sistema financeiro do Reino Unido segue "saudável", embora a vigilância continuada seja necessária, e comenta que é importante mitigar riscos oriundos de instituições financeiras não bancárias. Defende também reformas estruturais ambiciosas para impulsionar o potencial econômico e apoiar o padrão de vida, bem como que o país mantenha o rumo de suas políticas climáticas para cumprir suas metas "ambiciosas" de reduzir emissões.

Em seu comunicado, o FMI também comenta revisão recente na atuação do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), conduzida pelo Nobel Ben Bernanke, ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Segundo o Fundo, a revisão dá ao BoE uma oportunidade para fortalecer suas estruturas de dados e projeções, bem como sua comunicação.

Acompanhe tudo sobre:FMIReino UnidoFed – Federal Reserve SystemPIB

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito