Economia

FMI reduz previsão de queda do PIB da Argentina, mas eleva a de inflação

Agora projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 1,2%, menos que a previsão anterior

ARGENTINA: o FMI piorou as perspectivas sobre a inflação, elevando a previsão em dez pontos percentuais, para 30% (Agustin Marcarian/Reuters)

ARGENTINA: o FMI piorou as perspectivas sobre a inflação, elevando a previsão em dez pontos percentuais, para 30% (Agustin Marcarian/Reuters)

E

EFE

Publicado em 6 de abril de 2019 às 09h33.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou novas previsões sobre a economia da Argentina nesta sexta-feira e agora projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 1,2%, menos que a previsão anterior, que era de uma de queda de 1,9%.

Apesar da perspectiva menos pessimista em relação ao desempenho da economia da Argentina, o FMI piorou as perspectivas sobre a inflação, elevando em dez pontos percentuais, para 30%, as previsões para o índice no fim de 2019.

"A inflação continua sendo elevada. As expectativas inflacionárias estão aumentando, e sua inércia é um efeito difícil de ser quebrado", afirmou a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, ao deixar a reunião na qual as novas previsões foram aprovadas.

Em comunicado, Lagarde pediu ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, que amplie os esforços para melhorar o desempenho fiscal do governo e a gestão da dívida do país.

Em junho do ano passado, o governo da Argentina acertou um empréstimo de US$ 50 bilhões com o FMI. No entanto, no fim de setembro, após o agravamento da crise do peso, Macri conseguiu acelerar os repasses e ampliar o valor para US$ 56,3 bilhões.

Lagarde disse que as políticas acertadas entre a entidade e Macri para firmar o acordo estão "dando resultado", diminuindo o déficit fiscal e o em conta corrente do país.

Na análise divulgada hoje, a missão do FMI na Argentina, liderada por Roberto Cardarelli, explicou que a economia do país registrou uma queda menos brusca do que o esperado no ano passado, aliviando a pressão para 2019.

"Espera-se uma recuperação gradual a partir do segundo trimestre deste ano, com o consumo privado apoiado pelo aumento da renda real disponível, após os reajustes salariais, a indexação das aposentadorias, os benefícios sociais e as exportações", destacou a equipe do FMI que analisou a situação da Argentina.

Apesar da leitura positiva, Lagarde ressaltou que será "crítico" que o governo da Argentina atue com "prudência" na execução das despesas neste ano e tome medidas para aumentar as receitas fiscais.

Após a terceira revisão do acordo, o FMI aprovou hoje mais ajustes no plano de recuperação econômica da Argentina e liberou US$ 10,8 bilhões para o governo de Macri.

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaFMIInflaçãoPIB

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos