Economia

FMI reduz para 0,8% projeção de crescimento para o Brasil em 2019

Fundo Monetário Internacional cortou também a estimativa para o crescimento global neste ano e no próximo

Economia brasileira: FMI fez um corte brusco na estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2019 (filipefrazao/Getty Images)

Economia brasileira: FMI fez um corte brusco na estimativa de crescimento da economia do Brasil em 2019 (filipefrazao/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 23 de julho de 2019 às 10h43.

Santiago — O Fundo Monetário Internacional (FMI) realizou nesta terça-feira um forte corte nas estimativas de crescimento econômico da América Latina, dada uma desaceleração mais profunda no Brasil e no México, exacerbada por disputas comerciais globais e uma deterioração na confiança de investidores e analistas.

Em seu relatório Perspectiva Econômica Global, o FMI disse que agora espera que a região como um todo registre expansão de 0,6% este ano, um corte de 0,8 ponto percentual em relação ao último cálculo de abril. Para 2020, a previsão também foi ajustada ligeiramente para baixo, para 2,3%.

No Brasil, a estimativa é de que a economia tenha expansão de 0,8% neste ano, 1,3 ponto percentual a menos do que em abril, Para 2020 o crescimento seria de 2,4%, queda de 0,1 ponto.

Global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou nesta terça-feira sua estimativa para o crescimento global neste ano e no próximo, alertando que mais tarifas entre Estados Unidos e China, taxas sobre automóveis ou um Brexit desordenado podem desacelerar ainda mais o crescimento, enfraquecer investimentos e prejudicar cadeias de fornecimento.

O FMI disse que os riscos baixistas se intensificaram e agora espera um crescimento global de 3,2% em 2019 e 3,5% em 2020, uma queda de 0,1 ponto percentual para os dois anos na comparação com sua projeção de abril, e o quarto corte desde outubro.

O Fundo disse que dados econômicos divulgados até agora neste ano e inflação em geral fraca apontam para atividade global mais fraca que o esperado, com tensões comerciais e tecnológicas e crescentes pressões desinflacionárias representando riscos futuros.

Acompanhe tudo sobre:Crescimento econômicoFMI

Mais de Economia

Governo publica regulamentação da Lei da Reciprocidade Econômica

Governo discute tarifaço com empresários nesta terça e inicia estratégia de mobilização da sociedade

CNI pede ao governo para negociar com os Estados Unidos adiamento da tarifa por 90 dias

Rui Costa diz que governo não tem 'proposta alternativa' sobre IOF