O FMI reduziu sua previsão de crescimento da zona do euro para 0,7% em 2013 (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2012 às 14h21.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta segunda-feira sua estimativa para o crescimento global e alertou que a perspectiva pode cair ainda mais se as autoridades na Europa não agirem com força suficiente e acelerarem as ações para mitigar a crise da dívida da região.
Em uma avaliação de meio de ano da situação econômica, o FMI também chamou a atenção de que a capacidade produtiva em vários países emergentes, como China, Índia e Brasil, pode ser menor do que se esperava anteriormente e que o crescimento futuro pode decepcionar.
O FMI reduziu sua estimativa para o crescimento econômico em 2013 de 4,1 por cento em abril para 3,9 por cento, cortando as projeções para as economias emergentes e as mais avançadas. A perspectiva para 2012 foi mantida em 3,5 por cento.
"Os riscos para essa perspectiva global mais fraca continuam grandes", trouxe o FMI em seu relatório Perspectiva Econômica Mundial. "O risco mais imediato ainda é o de que ações políticas atrasadas ou insuficientes vão acelerar ainda mais a crise da zona do euro." A entidade informou que as economias avançadas vão crescer apenas 1,4 por cento neste ano e 1,9 por cento em 2013.
O FMI cortou sua estimativa de crescimento em economias emergentes neste ano e no próximo, projetando uma expansão de 5,9 por cento 2013 e de 5,6 por cento em 2012. Ambos os números ficaram 0,1 ponto percentual abaixo dos de abril.
O FMI reduziu sua previsão de crescimento da zona do euro para 0,7 por cento em 2013, mas manteve sua projeção de uma contração de 0,3 por cento neste ano. A entidade informou que agora acredita que a economia da Espanha encolherá tanto neste ano quanto no próximo.
O FMI realizou uma forte revisão para baixo em suas projeções de crescimento para o Reino Unido, para 0,2 por cento neste ano e para 1,4 por cento em 2013. Em abril, o fundo informou que a economia britânico cresceria 0,8 por cento em 2012 e 2,0 por cento no próximo ano.