Economia

FMI quer "rápido acordo" com a Argentina em meio à desvalorização do peso

Analistas calcularam um empréstimo em torno de US$ 30 bilhões, condicionados ao cumprimento de certos objetivos macroeconômicos para a liberação dos fundos

Argentina: o líder do país se reuniu com o fundo na semana passada para falar sobre a crise econômica que enfrenta (Presidência/Reuters)

Argentina: o líder do país se reuniu com o fundo na semana passada para falar sobre a crise econômica que enfrenta (Presidência/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de maio de 2018 às 12h49.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira que pretende chegar a um "rápido acordo" com a Argentina para que possa enfrentar a crise pela abrupta desvalorização do peso através do acordo do tipo stand-by (SBA) que o país solicitou ao órgão.

"O pessoal do FMI continua o diálogo com as autoridades argentinas a fim de conseguir um programa respaldado pelo Fundo. Nosso objetivo comum é chegar a um rápido acordo nestas negociações", disse em comunicado o porta-voz do FMI, Gerry Rice.

A nota informa que a direção executiva da entidade se reunirá na próxima sexta-feira para abordar a solicitação da Argentina, feita na semana passada.

Esta reunião "informal", segundo o FMI, faz parte do processo usual do órgão para atualizar a cúpula sobre negociações de programas "de alto acesso".

Embora o montante do programa de empréstimo não tenha sido revelado, os analistas o calcularam em torno de US$ 30 bilhões, condicionados ao cumprimento de certos objetivos macroeconômicos para a liberação dos fundos.

O tipo de acordo que a Argentina solicitou é o mais habitual concedido pelo FMI, mas representa uma maior intervenção da instituição nas políticas econômicas que a outra opção que estava sobre a mesa, a linha de crédito flexível, considerada menos exigente.

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