Economia

FMI prevê queda do PIB para calcular necessidades de bancos

A recapitalização dos bancos espanhóis representa uma contração do Produto Interno Bruto de 4,1% em 2012 e de 1,6% em 2013

Além disso, este cenário considera uma queda adicional dos preços dos imóveis de 24% e uma taxa de desemprego de até 26,6% em 2013 (Saul Loeb/AFP)

Além disso, este cenário considera uma queda adicional dos preços dos imóveis de 24% e uma taxa de desemprego de até 26,6% em 2013 (Saul Loeb/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2012 às 22h51.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) explicou nesta sexta-feira que o "cenário adverso" sob o qual calculou as necessidades de recapitalização dos bancos espanhóis representa uma contração do PIB de 4,1% em 2012 e de 1,6% em 2013.

Além disso, este cenário considera uma queda adicional dos preços dos imóveis de 24% e uma taxa de desemprego de até 26,6% em 2013.

As últimas previsões macroeconômicas do FMI para a Espanha, publicadas em abril, contemplam uma crescimento negativo para 2012 do 1,8% e um crescimento positivo de 0,1% em 2013.

Neste ambiente, as necessidades de capital dos bancos mais frágeis na Espanha seriam de cerca de 40 bilhões de euros. O estudo foi realizado durante duas visitas num total de três semanas, feitas entre fevereiro e abril deste ano.

O FMI classificou os bancos espanhóis em quatro tipos: os bancos internacionalmente diversificados; as antigas caixas econômicas (agora bancos comerciais) que mostraram resistência à crise; as antigas caixas que solicitaram acesso ao FROB (Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária); e os bancos comerciais que agora são administrados pelo setor público.

São estes dois últimos tipos os que concentram as necessidades de capital calculadas pelo Fundo.

No entanto, o FMI advertiu que estes números devem ser complementados com as auditorias atualmente em curso por parte de consultoras privadas e com 'um exame mais exaustivo, banco a banco'.

'Aceitamos a decisão das autoridades espanholas de fazer auditorias, por isso esperamos que no final de julho ou princípio de agosto teremos uma estimativa de qual é o montante exato que estas entidades necessitam', acrescentou uma alta funcionária do FMI.

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