Mario Draghi, do BCE, falando em coletiva de imprensa em Frankfurt: o BCE anunciou nesta quinta-feira que manterá as taxas de juros no mínimo histórico atual de 0,75% (Alex Domanski/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2012 às 14h27.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pressionou nesta quinta-feira o Banco Central Europeu (BCE) para que adote mais medidas de impulso para a debilitada economia da zona do euro, depois que o presidente da entidade, Mario Draghi, frustrou as esperanças de uma ação imediata.
O FMI celebrou através de um comunicado o fato de que o BCE esteja disposto a intervir no mercado de bônus, mas afirmou que essa política monetária não resolverá todos os males que afligem a Eurozona e por isso defendeu um impulso maior à economia.
"Estamos de acordo em dizer que é preciso usar os mecanismos de segurança do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)", disse em referência aos fundos de resgate europeus que foram implantados para conter a crise da zona do euro.
"Contudo, mais políticas de flexibilização e de impulso não convencionais aliviariam as tensões, enquanto são implementadas outras políticas que surtam efeito", disse o organismo em uma aparente crítica a Draghi.
O presidente do BCE declarou nesta quinta-feira que o banco está pronto para ajudar a zona do euro, inclusive mediante a compra de dívida no mercado obrigatório, sempre que os governos cumprirem com seus compromissos.
O BCE anunciou nesta quinta-feira que manterá as taxas de juros no mínimo histórico atual de 0,75%.