Economia

FMI pede redução de crédito por banco público no Brasil

O fundo observa que os bancos públicos, ao emprestar mais que os privados, podem até comprometer as contas do governo


	Sede do BNDES: o documento ressalta que a estratégia do governo de estimular o crédito nos bancos públicos pode ter impactos fiscais
 (Divulgação/BNDES)

Sede do BNDES: o documento ressalta que a estratégia do governo de estimular o crédito nos bancos públicos pode ter impactos fiscais (Divulgação/BNDES)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 12h16.

São Paulo - O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda uma redução gradual no ritmo de concessão de crédito por bancos públicos no Brasil, de acordo com relatório sobre a economia brasileira divulgado nesta quarta-feira. Além disso, o Fundo recomenda que o País siga aumentando os juros para conter a inflação.

O documento destaca que o sistema bancário brasileiro está sólido e bem preparado para uma adequação até antes do previsto às regras de Basileia 3, que vão exigir mais capital de alta qualidade dos bancos.

Mas os técnicos do Fundo observam que os bancos públicos, ao emprestar mais que os privados, estão mais expostos a riscos e podem até comprometer as contas do governo.

O FMI recomenda disciplina fiscal ao país e a adoção de uma meta de superávit primário que coloque o déficit público em trajetória de queda. Ao destacar esse ponto, o documento ressalta que a estratégia do governo de estimular o crédito nos bancos públicos pode ter impactos fiscais.

"As condições financeiras ficaram mais difíceis, mas o crescimento do crédito permanece forte, puxado pelos bancos públicos", destaca o relatório.

O FMI nota que o crédito imobiliário segue crescendo de forma acelerada, mas não representa riscos, pois ainda equivalem a porcentual pequeno do mercado de crédito local.

Os preços dos imóveis tiveram uma correção, mas ainda seguem elevados. Em documentos anteriores, o Fundo mostrou preocupação com a forte alta dos preços das residências no país, sobretudo em São Paulo e Rio.

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