Economia

FMI pede que EUA removam incertezas fiscais

A economia dos Estados Unidos está enfrentando um chamado "abismo fiscal" de US$ 4 trilhões em aumento de impostos e cortes de gastos do governo

Christine Lagarde, diretora do FMI, comenta sobre a economia americana em Washington: "É crucial remover as incertezas criadas pelo abismo fiscal" (Jason Reed/Reuters)

Christine Lagarde, diretora do FMI, comenta sobre a economia americana em Washington: "É crucial remover as incertezas criadas pelo abismo fiscal" (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 12h17.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu, nesta terça-feira, que os Estados Unidos removam rapidamente as incertezas sobre o curso da política fiscal, que deve sofrer um aperto abrupto no início do próximo ano com a ausência de ação do Congresso.

A economia dos Estados Unidos está enfrentando um chamado "abismo fiscal" de 4 trilhões de dólares em aumento de impostos e cortes de gastos do governo automáticos que devem entrar em vigor no final do ano, a menos que legisladores adotem medidas para atrasá-los ou compensá-los.

"É crucial remover as incertezas criadas pelo abismo fiscal assim como elevar prontamente o teto da dívida, buscando um ritmo de redução de déficit que não enfraqueça a recuperação econômica", disse o FMI em sua avaliação anual da economia dos EUA.

A expectativa é de que os Estados Unidos alcancem um limite estatutário de sua dívida de 16,4 trilhões de dólares em algum momento entre as eleições presidenciais em novembro e o final do ano. Se o Congresso não conseguir elevá-lo, levará a um default dos EUA.

O FMI alertou que a "morna" recuperação dos EUA estará sob ameaça se o Congresso não alcançar um acordo sobre cortes de impostos e políticas de gastos.

O FMI também afirmou que a economia dos EUA está vulnerável a efeitos da crise de dívida da zona do euro, especialmente se as condições na Europa piorarem.

A estimativa do FMI é de que o crescimento econômico dos Estados Unidos alcançará 2 por cento neste ano e a entidade reduziu suas projeções para 2013 de 2,4 por cento para 2,25 por cento.

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