Economia

FMI pede a Reino Unido que reduza esforço de austeridade

Lançado em 2010, o programa de austeridade é a base da política britânica e o ministro de finanças, George Osborne, já indicou que não vai alterar o curso


	Na avaliação do Fundo, com os custos de financiamento em níveis historicamente baixos, o governo britânico tem condições de flexibilizar um pouco os esforços de austeridade
 (Mandel Ngan/AFP)

Na avaliação do Fundo, com os custos de financiamento em níveis historicamente baixos, o governo britânico tem condições de flexibilizar um pouco os esforços de austeridade (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 13h44.

Londres - O Fundo Monetário Internacional apelou hoje ao governo do Reino Unido que diminua seu programa de austeridade para evitar danos de longo prazo à perspectiva de crescimento do país.

Lançado em 2010, o programa de austeridade é a base da política britânica e o ministro de finanças, George Osborne, já indicou que não vai alterar o curso.

O FMI costumava apoiar o plano de austeridade, permitindo a Osborne usar a aprovação do fundo para seguir em frente com ambiciosas medidas para sanear as finanças públicas do Reino Unido.

A economia britânica, no entanto, se estabilizou desde que o governo atual tomou posse, em meados de 2010, e o FMI alertou que um longo período sem crescimento pode causar danos duradouros, com as empresas sem confiança para fazer investimentos e tornar a economia mais produtiva e capaz de ampliar as exportações. Para o Fundo, o país está "bem longe de uma recuperação forte e sustentável" e mais cortes de orçamento "vão enfraquecer a produção, com o risco de perda permanente da capacidade produtiva".

O Reino Unido foi uma das primeiras grandes economias a adotar um programa de redução de gastos e aumentos de impostos, numa tentativa de reduzir um enorme déficit fiscal provocado pela crise financeira.

Na avaliação do Fundo, com os custos de financiamento em níveis historicamente baixos, o governo britânico tem condições de flexibilizar um pouco os esforços de austeridade para fornecer "suporte à economia no curto prazo".

O FMI também sugeriu que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) mantenha a "postura acomodatícia" por um período mais longo, acrescentando que o banco central inglês deve deixar clara sua intenção para famílias e empresas.

"O BoE pode dar garantias a famílias e investidores de que as taxas de juros continuarão baixas até que o ritmo de recuperação atinja o ápice", comentou o Fundo. As informações são da Dow Jones.

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