Economia

FMI libera mais 5,1 bi de euros em resgate a Portugal

Com este novo desembolso, o FMI liberou até o momento 18,5 bilhões de euros do plano de resgate de Portugal

Em maio de 2011, o FMI e a União Europeia aprovaram plano de resgate para três anos para Portugal (©AFP/arquivo / Thomas Coex)

Em maio de 2011, o FMI e a União Europeia aprovaram plano de resgate para três anos para Portugal (©AFP/arquivo / Thomas Coex)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 17h15.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira que desbloqueou o terceiro lance no valor de 5,1 bilhões de euros dentro do plano de resgate a Portugal estipulado há um ano com Bruxelas.

Com este novo desembolso, o FMI liberou até o momento 18,5 bilhões de euros do plano de resgate de Portugal estabelecido entre o fundo multilateral, o Banco Central Europeu e a Comissão Europeia, que chega ao total de 78 bilhões de euros.

A subdiretora-gerente do Fundo, Nemat Shafik, indicou em comunicado que Portugal "progrediu bem na adoção das políticas e há sinais adiantados que indicam que os ajustes econômicos estão ocorrendo".

Nemat indicou que o cumprimento dos programas de ajustes é "essencial" para o êxito dos fundos de resgate, para reconstruir a confiança dos mercados e recuperar o crescimento.

O FMI lembrou que os planos de déficit para 2012 são alcançáveis nas condições atuais e que os progressos na reforma tributária apoiarão a consolidação, embora seja recomendável "evitar a todo custo" o desvio das metas.

No comunicado, a instituição multilateral lembra a Portugal que é necessário garantir a capitalização de alguns bancos, e assegurar o acesso do crédito a empresas viáveis.

Shafik destacou o avanço nas reformas estruturais, especialmente no sistema judiciário, no mercado de trabalho e no imobiliário.

Além disso, o Fundo aprovou nesta quarta-feira dois requerimentos de Lisboa para ter maior tempo para apresentar os relatórios sobre liquidez dos cofres do estado e da dívida soberana.

Em maio de 2011, o FMI e a União Europeia aprovaram plano de resgate para três anos para Portugal, o que obrigou o país a fazer duras reformas e cortes, medidas que dividem a população e motivaram duas greves gerais. 

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