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FMI não vai negociar ajudas para Espanha e Portugal

Há um estresse amplo nos mercados financeiros que vai além da Grécia, disse John Lipsky, do FMI

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2010 às 17h54.

 

Washington - O "número dois" do Fundo Monetário Internacional (FMI), John Lipsky, reiterou hoje que a entidade não mantém negociações com Espanha e Portugal para estender créditos a seus Governos, em resposta aos boatos que surgiram esta semana nos mercados nesse sentido.

"Não mantemos negociações sobre um programa (de crédito) com Portugal ou Espanha", disse Lipsky, em entrevista coletiva, depois que o Conselho Executivo da entidade aprovou o plano de ajuda à Grécia.

Lipsky disse que "está claro", pelos movimentos das bolsas esta semana, que "há um estresse amplo nos mercados financeiros que vai além da Grécia".

As dúvidas sobre a resposta europeia e do FMI à crise fiscal na Grécia elevaram esta semana as gratificações de risco dos bônus espanhóis e portugueses a seu nível mais alto desde a introdução do euro.

Como resposta, o Governo espanhol anunciou hoje que reduzirá o déficit público este ano em meio ponto percentual, ou seja, em 5 bilhões de euros, e em 2011 em um ponto percentual.

Lipsky disse estar ciente de que as autoridades europeias buscavam medidas extras de ajuste fiscal, mas não quis opinar sobre o anúncio feito pela Espanha, por não saber detalhes.

O funcionário do FMI disse que a entidade "apoia e cooperará" com a iniciativa europeia que for determinada hoje em reunião extraordinária, mas afirmou que, por enquanto, não foi detalhou especificamente como isso acontecerá.

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