Economia

FMI iniciará negociação formal com a Argentina

FMI projeta para este ano uma queda de 11,8% da economia argentina

FMI: "Nosso objetivo continua sendo apoiar o povo argentino para superar os complexos desafios socioeconômicos que enfrenta e estabelecer as bases para uma economia mais estável e um futuro mais próspero" (Yuri Gripas/Reuters)

FMI: "Nosso objetivo continua sendo apoiar o povo argentino para superar os complexos desafios socioeconômicos que enfrenta e estabelecer as bases para uma economia mais estável e um futuro mais próspero" (Yuri Gripas/Reuters)

A

AFP

Publicado em 6 de novembro de 2020 às 15h56.

Última atualização em 6 de novembro de 2020 às 18h33.

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegará a Buenos Aires no dia 10 de novembro para iniciar negociações formais com as autoridades argentinas, em busca de um novo programa de créditos para o país sul-americano, anunciou nesta sexta-feira, 6, um porta-voz do órgão multilateral.

O mundo está mais complexo, mas dá para começar com o básico. Veja como, no Manual do Investidor

A missão, composta de Julie Kozack e Luis Cubeddu, à qual deve se juntar o representante do FMI residente na Argentina Trevor Alleyne, analisará com as autoridades argentinas a forma de implementar um novo programa que substitua o acordo stand-by assinado em 2018 por cerca de 57 bilhões de dólares.

"O diálogo focará na agenda fiscal, monetária e estrutural das autoridades para o médio prazo, com o objetivo de ancorar a estabilidade macroeconômica e lançar as bases para um crescimento inclusivo e sustentável. Não há datas estabelecidas para finalizar as negociações", disse o porta-voz.
Esta será a segunda visita da missão, depois de uma exploratória realizada no início de outubro.

Do crédito acordado em 2018, a Argentina recebeu apenas cerca de 44 bilhões de dólares, porque o presidente de centro-esquerda Alberto Fernández renunciou às parcelas pendentes ao assumir em dezembro de 2019.

"Nosso objetivo continua sendo apoiar o povo argentino para superar os complexos desafios socioeconômicos que enfrenta e estabelecer as bases para uma economia mais estável e um futuro mais próspero", disse o porta-voz do FMI nesta sexta-feira.

O FMI projeta para este ano uma queda de 11,8% da economia argentina, que enfrenta seu terceiro ano de recessão.

Com uma inflação anual de mais de 40%, a Argentina viu disparar também os índices de pobreza (40,9%) e os de desemprego em meio à pandemia de covid-19.

O governo prevê para 2021 um déficit fiscal de 4,5%.

 

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaDívidas de paísesFMI

Mais de Economia

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR