Os EUA, maior contribuinte do FMI, disse que não vai desembolsar mais dinheiro. Ainda não está claro de onde qualquer dinheiro adicional viria (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 09h04.
Washington - Os funcionários do Fundo Monetário Internacional estão estudando maneiras de aumentar os cofres da instituição o suficiente para que possa "cumprir suas funções e representar um papel pleno e construtivo para assegurar a estabilidade global", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde.
O FMI estudou durante meses como aumentar seus cofres e alertou que as necessidades de pacotes de socorro emergenciais ao redor do mundo em meio ao crescimento da crise da dívida da zona do euro podem ser menos importantes que a base de caixa existente da instituição. Até agora, o Fundo não conseguiu convencer o G20 a fazer uma promessa firme de dinheiro.
O conselho do FMI pediu que os funcionários da instituição estudassem maneiras sobre como aumentar a capacidade de financiamento após a revisão de um relatório sobre a adequação da base de recursos existentes. "A administração e os funcionários do FMI vão explorar opções para aumentar o poder de fogo do Fundo, mediante garantias adequadas", disse Lagarde em um comunicado enviado por e-mail.
Não está claro de onde qualquer dinheiro adicional viria, mesmo que o fundo pedisse por uma injeção de recursos. Nem o FMI esclareceu publicamente o quanto pode precisar.
Os EUA, maior contribuinte do FMI, disse que não vai desembolsar mais dinheiro do que já emprestou ao Fundo. Alguns legisladores estão pressionando para que o governo revogue um empréstimo de 100 bilhões de euros feito ao FMI em 2009 para uma reserva de emergência. O Tesouro dos EUA estava planejando usar esse dinheiro para cumprir o compromisso dos EUA, previsto para este ano, a fim de dobrar a base de recursos normal do Fundo.
A Europa prometeu 150 bilhões de euros adicionais (US$ 191 bilhões ao FMI), dentro de um plano, segundo o qual o valor poderia ser alcançado por outros países, como China, Japão e Brasil. Mas essas nações disseram que a Europa precisa fazer mais para resolver sua crise de dívida antes de fazer compromissos oficiais.
"O maior desafio é responder à crise de maneira adequada e muitos diretores-executivos salientaram a necessidade e a urgência de esforços coletivos para conter a crise da dívida na zona do euro e proteger as economias ao redor do mundo das repercussões e contrações excessivas de produção e renda", destacou Lagarde no comunicado. As informações são da Dow Jones.