Economia

FMI eleva projeção de crescimento do Brasil para 2,3% em 2025

Em abril, economistas do Fundo reduziram estimativa para 2%, mas voltaram a melhorar cenário em relatório anual sobre a economia brasileira, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira

FMI: revisão foi marcada por perspectivas mais pessimistas diante do agravamento da guerra das tarifas de Trump (STEFANI REYNOLDS/AFP/Getty Images)

FMI: revisão foi marcada por perspectivas mais pessimistas diante do agravamento da guerra das tarifas de Trump (STEFANI REYNOLDS/AFP/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 3 de junho de 2025 às 12h57.

Última atualização em 3 de junho de 2025 às 13h03.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção de crescimento econômico do Brasil para este ano para 2,3%, ante os 2,0% vigentes desde abril, segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, 3.

O comunicado, com impressões preliminares do relatório anual do FMI sobre a economia brasileira, elogia a política de juros conduzida pelo Banco Central (BC) para esfriar a demanda e, assim, controlar a inflação, e enaltece “os esforços das autoridades para continuar melhorando a posição fiscal, ao mesmo tempo que tentam atender às necessidades de gastos sociais”, mas pondera que “mais passos são justificados” nessa área.

Com juro normal, crescimento de 2,5% ao ano

Para a equipe de economistas do FMI que se debruçou sobre o Brasil, liderada por Daniel Leigh, chefe da divisão Estudos Econômicos Mundiais do organismo multilateral, quando o nível da taxa básica de juros (hoje em 14,75% ao ano, após sucessivos aumentos desde setembro) voltar ao normal, a economia brasileira poderá manter um avanço anual de 2,5%.

Em abril, quando anunciou as revisões em suas projeções para a economia global — o que ocorre duas vezes ao ano, sempre em abril e outubro —, o FMI ajustou sua estimativa para o crescimento econômico do Brasil neste ano para 2,0%, ante 2,2% estimados anteriormente.

Essa revisão foi marcada por perspectivas mais pessimistas diante do agravamento da guerra comercial iniciada pelo presidente americano, Donald Trump. No início de abril, o mandatário anunciou um tarifaço sobre sobre tudo o que o país importa.

Nas revisões de abril, a redução para o Brasil foi até pequena. EUA, México, Canadá e China foram os destaques nas revisões para baixo, enquanto o Brasil passou relativamente ileso.

De lá para cá, tanto o pessimismo em relação aos efeitos da guerra comercial diminuíram quanto foi ficando mais claro que a economia brasileira esteve aquecida no primeiro trimestre. Semana passada, o IBGE informou que o crescimento foi de 1,4% ante o quarto trimestre de 2024.

Acompanhe tudo sobre:FMIBrasilEconomia

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025