Navio com contêineres: as pequenas empresas se destacaram nas exportações de madeira serrada, obras de mármore e granitos e também na de pedras preciosas (Patrick T. Fallon/Bloomberg)
Karin Salomão
Publicado em 21 de abril de 2018 às 17h54.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse neste sábado, 21, que está trabalhando para fortalecer a contribuição do comércio para as economias e que é preciso reconhecer a necessidade de novos diálogos e ações. "Continuaremos a trabalhar por um sistema tributário internacional globalmente justo e moderno, abordando os desafios fiscais e de concorrência", apontou o comunicado de encerramento da reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, em Washington.
O ponto abordado pelo FMI vem na esteira de discussões do aumento do protecionismo do governo do presidente americano, Donald Trump, e suas consequências para as economias mundiais.
Neste sábado, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, acusou que "o comércio global com práticas injustas impedem o crescimento mais forte nos EUA e no mundo, agindo como um obstáculo persistente na economia global".
Ele pediu ao FMI que faça mais para combater práticas comerciais desleais. No mês passado, impôs impostos sobre aço importado e alumínio. Em seguida, propôs tarifas de US$ 50 bilhões em produtos chineses para sancionar Pequim por seus esforços agressivos para obter a tecnologia dos EUA.
"A política fiscal deve ser flexível e favorável ao crescimento, criar espaço para investir em infraestrutura e habilidades da força de trabalho e garantir que a dívida pública como parcela do PIB esteja em um caminho sustentável", ressaltou a instituição.
Além disso, o fundo destacou ainda que as reformas estruturais devem ter como objetivo elevar a produtividade, o crescimento potencial e o emprego, auxiliando efetivamente aqueles que arcam com o custo do ajuste.