Economia

FMI diz que recuperação econômica dos EUA seguirá lenta

Fundo afirmou que economia americana vai manter crescimento "morno" de 1,7% neste ano e terá aceleração de 2,7% em 2014


	Desemprego: candidata chega para feira de emprego nos Estados Unidos: "natureza" da recuperação dos EUA "parece estar mudando", segundo FMI
 (Tim Boyle/Bloomberg)

Desemprego: candidata chega para feira de emprego nos Estados Unidos: "natureza" da recuperação dos EUA "parece estar mudando", segundo FMI (Tim Boyle/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2013 às 14h51.

Washington - O FMI prevê que a recuperação econômica dos EUA seguirá sendo "morna" em 2013 com um crescimento de 1,7%, e terá uma aceleração de 2,7% no próximo ano, quando também haverá uma queda gradual do desemprego, segundo a última avaliação do país publicada nesta sexta-feira.

O vencimento em janeiro das reduções dos impostos sobre a folha de pagamento e os abruptos cortes do gasto público que entraram em vigor em março "estão pesando muito no crescimento deste ano", indicou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu relatório.

Após ter crescido 2,2% em 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) americano aumentou 1,8% no primeiro trimestre e os indicadores "sugerem um crescimento mais lento no segundo trimestre", acrescentou.

Por isso, a previsão do Fundo é que neste ano os EUA experimentem um "crescimento moderado" de 1,7%, abaixo de 1,9% previsto em abril e junho.

Para 2014, quando os "legados negativos" da crise "diminuirão ainda mais", o FMI mantém sua perspectiva de crescimento de 2,7%.

Com relação ao desemprego, atualmente em 7,6%, o organismo acredita que se manterá "praticamente estável" neste ano e "cairá gradualmente" em 2014.

A "natureza" da recuperação dos EUA "parece estar mudando", segundo o Fundo, dado o aumento de mais de 10% nos preços dos imóveis nos últimos 12 meses e o apoio à demanda privada.


"Ao mesmo tempo, a construção de casas acelerou e as condições do mercado de trabalho melhoraram", em grande medida graças à "política monetária flexível" do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.

Os riscos para a economia seguem baixos, mas o crescimento poderia ser menor do que o previsto por um impacto mais forte do que o previsto da consolidação fiscal, um aumento mais rápido do que o esperado nas taxas de juros, um entorno externo débil e um aumento do desemprego estrutural.

De acordo com o Fundo, "a saúde dos bancos dos Estados Unidos melhorou significativamente nos últimos 12 meses", mas há sinais de "vulnerabilidade emergente" por causa das taxas de juros "persistentemente baixas".

Em suas recomendações, o FMI sustentou que a política monetária "flexível" do Fed continua sendo "um apoio essencial" para a recuperação, mas alertou que "suas implicações para a estabilidade financeira devem ser avaliadas cuidadosamente".

Um longo período com taxas de juros "excepcionalmente baixas" pode ter "consequências não desejadas para a estabilidade financeira interna", advertiu o organismo com sede em Washington.

O órgão também insistiu que a "plena aplicação" da reforma financeira iniciada pelo presidente Barack Obama "continua sendo essencial para aumentar a capacidade de resistência do sistema financeiro americano".

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