EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h42.
O Brasil é modelo para a América Latina no quesito ajuste fiscal. O elogio parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) em relatório divulgado nesta semana (clique aqui para ler a íntegra). O documento intitulado "Estabilização e Reforma na América Latina" foi elaborado por sete especialistas do FMI e traça uma revisão da macroeconomia regional desde o início dos anos 90.
O texto credita à lei brasileira de Responsabilidade Fiscal, em vigor desde 2000, uma aceleração da transparência e consolidação fiscal no país (leia artigo exclusivo de Raul Velloso comentando os riscos atuais ao equilíbrio das contas no Brasil).
Na tentativa de capitalizar esse reconhecimento público do FMI e o cumprimento com folga das metas do acordo, o governo brasileiro enviou a Washington o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, para fazer lobby pela aprovação de propostas defendidas pelo governo Lula.
As duas principais reivindicações são a criação de um fundo emergencial para casos de choque externo e a retirada dos gastos com projetos de infra-estrutura do cálculo do superávit ou déficit primário. A última alteração daria ao governo mais margem para investimentos em obras de saneamento e transportes.
Ontem o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, reiterou que o Brasil não precisa de um novo acordo nem vai sacar os recursos disponíveis pelo acordo vigente desde 2002.