Economia

FMI diz que dívida da Argentina chegará a 65% do PIB este ano

Corrida do peso, recuo mundial de investidores dos mercados emergentes e preocupações com a inflação levaram o país a pedir acordo com o Fundo

Argentina: um dos objetivos do acordo de 50 bilhões de dólares com o Fundo é que país reduza seu déficit (Clive Rose/Getty Images)

Argentina: um dos objetivos do acordo de 50 bilhões de dólares com o Fundo é que país reduza seu déficit (Clive Rose/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 13 de julho de 2018 às 19h59.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 19h59.

Buenos Aires - O Fundo Monetário Internacional (FMI) espera que a dívida do governo da Argentina chegará ao pico no fim do ano e depois vai cair, à medida que o país reduza seu déficit como parte do acordo de 50 bilhões de dólares com o fundo, de acordo com um documento publicado nesta sexta-feira.

A previsão é de a dívida chegar ao máximo de 65 por cento do PIB antes de cair para 56 por cento em 2021, o último ano do programa, escreveram técnicos do FMI no documento produzido antes da aprovação do acordo. O documento não tinha sido divulgado previamente.

Uma corrida do peso no início desde ano, em meio a um recuo mundial de investidores dos mercados emergentes e preocupações sobre a habilidade do governo argentino de lutar contra a inflação levou o país a pedir um acordo de stand by com o Fundo em maio.

O documento do FMI também define políticas que o governo deve adotar para reduzir o déficit. Algumas delas não estão incluídas na carta de intenções da Argentina do mês passado, a qual delineava os passos que seriam tomados para reduzir o déficit. As políticas do FMI que não estão na carta incluem manter das tarifas de exportação de soja em uma média de 25,5 por cento, e adiar a implementação de partes das mudanças tributárias do ano passado.

Em um comunicado divulgado junto com o documento, o chefe da missão do FMI para a Argentina, Roberto Cardarelli, disse que a economia do país da América do Sul poderia encolher no segundo e terceiro trimestres. O documento prevê crescimento de 1,5 por cento em 2019 e "cerca de 3 por cento" em 2020.

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