Economia

FMI deve se reunir para discutir julgamento de Lagarde

O Tribunal de Justiça da República declarou Lagarde culpada por "negligência" no exercício de suas funções quando era ministra

FMI: juízes decidiram não impor à diretora do FMI nenhuma pena (Philippe Wojazer/Reuters)

FMI: juízes decidiram não impor à diretora do FMI nenhuma pena (Philippe Wojazer/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 14h17.

Última atualização em 19 de dezembro de 2016 às 14h36.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta segunda-feira uma reunião de seu Diretório Executivo para "analisar os eventos mais recentes", após o anúncio da condenação de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, na França.

O Tribunal de Justiça da República declarou Lagarde culpada por "negligência" no exercício de suas funções quando era ministra de Finanças da França, embora tenha sido eximida da pena, que poderia ser de um ano de prisão e 15 mil euros de multa.

"O Diretório Executivo se reuniu em algumas ocasiões anteriores para considerar os eventos relacionados com o processo judicial na França", lembrou em um breve comunicado o diretor de comunicações do FMI, Gerry Rice, que acrescentou que o órgão "voltará a se reunir em breve para analisar os eventos mais recentes".

Lagarde não compareceu à leitura do veredicto em Paris e, segundo seus advogados, está em Washington.

Os três magistrados e 12 parlamentares que compõem Tribunal de Justiça da República consideraram que Lagarde foi "negligente" ao não recororer quando o Estado francês foi condenado a pagar uma multimilionária indenização ao empresário Bernard Tapie em 2008.

No entanto, os juízes decidiram não impor à diretora do FMI nenhuma pena, e a condenação não constará em sua ficha de antecedentes criminais.

Lagarde foi reconduzida este ano à frente do FMI para um novo mandato no período 2016-2021, por ter sido candidata única e por contar com o apoio da maioria dos membros da organização.

O caso acontece após os dois últimos diretores gerentes do FMI, Rodrigo Rato (2004-2007) e Dominique Strauss-Kahn (2007-2011), deixarem o cargo antes de cumprirem os cinco de mandato envolvidos em escândalos.

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