Economia

FMI coloca Espanha à frente do crescimento da zona do euro

Na atualização de seu relatório de "Perspectivas Econômicas Globais", o Fundo manteve suas previsões de um crescimento de 1,7% para este ano


	Barcelona, na Espanha: eegundo as previsões do Fundo, o país crescerá acima das outras grandes economias europeias este ano
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Barcelona, na Espanha: eegundo as previsões do Fundo, o país crescerá acima das outras grandes economias europeias este ano (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2015 às 14h54.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) colocou nesta sexta-feira a Espanha à frente do crescimento entre as economias avançadas da zona do euro, com uma expansão calculada para 2015 em 3,1% e em 2,5% para 2016, números que já tinha antecipado em junho e que melhorou em seis e cinco décimos em relação aos de abril.

Na atualização de seu relatório de "Perspectivas Econômicas Globais", o Fundo manteve suas previsões de um crescimento de 1,7% para este ano e 1,5% para o próximo para a zona do euro, onde vê, "em geral", a recuperação "em andamento", com uma alta "robusta" da demanda interna e a inflação que começa a subir.

"Sou um pouco receoso quando se fala do milagre espanhol. É positivo crescer acima de 3%, mas devemos lembrar onde está a taxa de desemprego", disse Olivier Blanchard, economista-chefe, em entrevista coletiva ao comentar o comportamento da economia espanhola e seus elevados níveis de desemprego.

Segundo as previsões do Fundo, a Espanha crescerá acima das outras grandes economias europeias este ano.

Calcula-se que a Itália volte ao crescimento positivo com uma expansão de 0,7%, a França 1,2% e a Alemanha, a maior economia da zona do euro, 1,6%.

"Ainda resta um longo caminho pela frente antes que possamos cantar vitória (...) Quando o paciente esteve tão doente, sua recuperação não será simples. Mas neste ponto, somos muito otimistas", acrescentou o economista-chefe do Fundo, que deixará no final de mês este cargo que ocupava desde 2008.

Para Blanchard, a Espanha deve aproveitar o crescimento econômico para reequilibrar a posição das contas públicas, e ainda é preciso observar melhoria em indicadores como o investimento e a recuperação do setor imobiliário.

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