Economia

FMI avalia como positivas medidas anunciadas por Temer

O fundo avaliou como "positivas" as medidas anunciadas pelo governo provisório


	FMI: "achamos que os anúncios realizados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foram positivos"
 (AFP/ Saul Loeb)

FMI: "achamos que os anúncios realizados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foram positivos" (AFP/ Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2016 às 16h42.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliou como "positivas" as medidas anunciadas pelo governo interino do Brasil, especialmente por enfatizarem a estabilização da trajetória da dívida em um período que classificou como "difícil" para o país.

"Claro, esperamos que as muito necessárias reformas econômicas possam ser aplicadas com prontidão para ajudar ao Brasil a superar o atual contexto difícil", afirmou o porta-voz do órgão, Gerry Rice, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira.

"Achamos que os anúncios realizados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foram positivos", completou Rice.

Meirelles indicou que a prioridade do governo será reduzir o déficit fiscal e a dívida pública, que classificou como "insustentável". Uma das primeiras medidas tomadas é o corte de 4 mil cargos comissionados até o fim desse ano.

"O FMI tem assinado de forma repetida que o Brasil deveria fortalecer a macroeconomia, algo essencial para o retorno da confiança e do investimento, e isso inclui metas de inflação e responsabilidade fiscal", afirmou Rice aos jornalistas.

"Nesse sentido, damos boas-vindas à ênfase do ministro Meirelles sobre a necessidade de estabilizar a trajetória da dívida e preservar o sistema de seguridade social através de reformas que garantirão a sustentabilidade financeira a longo prazo", indicou.

No entanto, o chefe da equipe econômica de Michel Temer antecipou que as medidas mais duras, dentro "importante plano de ajuste" que está sendo preparado, terão que esperar até que o novo governo conheça a real situação deixada pela presidente Dilma Rousseff. 

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