Economia

FMI aumenta projeção de crescimento do Brasil para 2024

País deve ter alta de 1,7% neste ano, prevê relatório do Fundo Monetário Internacional

Sede do FMI, em Washington (OLIVIER DOULIERY/AFP/Getty Images)

Sede do FMI, em Washington (OLIVIER DOULIERY/AFP/Getty Images)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 10h09.

Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 10h33.

O FMI aumentou a projeção de crescimento do PIB brasileiro, para 1,7% em 2024, aponta o relatório World Economic Outlook, divulgado nesta terça, 30.

Na última edição do documento, em outubro, o FMI previa crescimento de 1,5% para o país este ano.

Em 2025, o país deve crescer 1,9%. A previsão anterior do fundo era de 1,5%.

O FMI aponta que a revisão das previsões para o Brasil e de outros grandes países da América Latina, como o México, se deve a efeitos decorrentes da "demanda doméstica mais forte que o esperado e crescimento acima das expectativas dos maiores parceiros comerciais deles em 2023", como EUA e China.

O fundo também aumentou a projeção de crescimento da economia global, de 2,9% para 3,1% em 2024. Para o ano que vem, a perspectiva é que a produção mundial cresça 3,2%. A melhora das expectativas se deve à resiliência da economia dos EUA e aos programas de estímulo da China.

"A economia global tem sido surpreendemente resiliente, com crescimento agora projetado em 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025. Para 2024, o ligeiro aumento em relação às projeções de outubro é largamente devido à resiliência nos Estados Unidos e em vários grandes mercados emergentes, além do maior apoio fiscal na China", disse Pierre Olivier-Gourinchas, economista-chefe do FMI, ao anunciar os resultados.

"No entanto, esta previsão segue bem abaixo da média de crescimento entre 2000 e 2019, de 3,8%. A inflação vem caindo antes do previsto na maioria das regiões, graças à melhora nas pressões do lado da oferta e das políticas monetárias restritivas", afirmou Gourinchas.

O FMI espera que a inflação global caia para 5,8% em 2024 e 4,4% em 2025. No relatório, o fundo cita o Brasil entre os países que tiveram aperto dos juros antes, e que agora estão com a alta de preços em queda.

Acompanhe tudo sobre:FMIPIB

Mais de Economia

Câmara aprova projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Alckmin se reúne hoje novamente com empresários para discutir tarifas de Trump

Após reunião sem acordo, Haddad fala em 'solução rápida' para o IOF

Reunião no STF termina sem acordo entre governo e Congresso sobre IOF