Economia

FMI aprova empréstimo de US$ 50 bilhões à Argentina

O FMI afirmou que metade do valor será usada no apoio orçamentário e a outra parte será disponibilizada ao longo do contrato, sujeito a revisões trimestrais

O empréstimo será feito em um prazo de três anos (Denis Balibouse/Reuters)

O empréstimo será feito em um prazo de três anos (Denis Balibouse/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de junho de 2018 às 14h28.

Última atualização em 20 de junho de 2018 às 16h38.

A diretoria executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quarta-feira, pelo prazo de três anos, um empréstimo de US$ 50 bilhões à Argentina, chamado contrato de stand-by (SBA, na sigla em inglês).

"A decisão da diretoria permite a autoridades (argentinas) fazer um saque imediato de US$ 15 bilhões", informa a instituição em comunicado.

De acordo com o FMI, metade dessa quantia (US$ 7,5 bilhões) será usada para "apoio orçamentário". "A quantia remanescente do suporte financeiro do FMI (US$ 35 bilhões) será disponibilizada ao longo da duração do contrato, sujeito a revisões trimestrais pela diretoria executiva."

Ainda segundo o comunicado, Buenos Aires indicou ter intenção de sacar a primeira parcela do empréstimo, mas, subsequentemente, tratar o restante do contrato como "precaução".

"O plano econômico das autoridades argentinas apoiado pelo SBA visa fortalecer a economia do país ao restaurar a confiança do mercado pela via de um programa macroeconômico consistente que minore necessidades financeiras, coloque a dívida pública da Argentina em uma trajetória firme de baixa e fortaleça o plano de reduzir a inflação pela definição de metas de inflação mais realísticas e pelo reforço da independência do banco central", segue a nota do FMI.

A instituição conclui apontando que "o plano inclui passos para proteger os mais vulneráveis da sociedade pela manutenção de gastos sociais e, caso condições sociais venham a se deteriorar, pela provisão de espaço para maiores gastos na rede de seguridade social da Argentina".

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