Economia

FMI aprova desembolso de US$ 7,5 bilhões para Argentina

Porta voz de Sergio Massa afirmou que a decisão da organização foi unânime

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Stuart Dee/Getty Images)

Argentina: moeda do país tem se desvalorizado diante de incessantes crises na economia (Stuart Dee/Getty Images)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 16h06.

A diretoria-executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) "aprovou o desembolso de US$ 7,5 bilhões" (R$ 36,7 bilhões, na cotação atual), correspondentes à quinta e à sexta revisões do acordo com a Argentina, informou, nesta quarta-feira, 23, um porta-voz do ministro da Economia argentino, Sergio Massa. O FMI ainda não confirmou a informação.

"Foi por unanimidade", afirmou um porta-voz do ministro e candidato presidencial do governo (peronismo) em uma mensagem transmitida a jornalistas por Whatsapp.

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A Argentina assinou com o FMI um programa de crédito no qual o país recebe 44 bilhões de dólares (215 bilhões de reais) em 30 meses em troca de que o Banco Central aumente suas reservas internacionais e o governo reduza el déficit fiscal.

Massa se reunirá à tarde com a diretora do Fundo, Kristalina Georgieva, com quem espera "revisar todo o procedimento de desembolsos". O país atravessa o ano "talvez mais trágico em termos de economia", devido ao impacto da seca, disse na terça o ministro.

Para honrar seus compromissos da dívida em agosto, a Argentina teve de recorrer a um empréstimo do Catar, a iuanes de um swap cambial (intercâmbio de moedas) vigente com a China e a um empréstimo-ponte do Banco de Desenvolvimento da América Latina (Corporação Andina de Fomento, CAF).

Portanto, dos US$ 7,5 bilhões, o país terá que enviar uma parte para o Catar, China e o CAF e guardar outra parte como provisão para os próximos vencimentos.

A Argentina, que amarga uma inflação de mais de 100% ao ano, enfrenta uma grave escassez de reservas monetárias internacionais em meio a uma grande demanda por dólares, moeda que os argentinos recorrem como refúgio diante da alta dos preços.

Massa afirmou na terça-feira que "nos últimos 21 dias foi acumulado US$ 1,7 bilhão" (pouco mais de R$ 8 bilhões) em reservas.

Este é o segundo dos dois dias da visita de Massa a Washington, durante a qual se reuniu com altos funcionários do governo americano e organizações internacionais como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que prometeram um empréstimo de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,36 bilhão) no total à Argentina para projetos específicos de desenvolvimento.

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