Economia

FMI acompanha situação no Brasil e mantém previsão de crescimento

Em um relatório publicado nesta sexta, o Departamento anunciou que mantém, "por enquanto", a previsão de 0,2% para o PIB brasileiro neste ano

FMI: segundo o diretor do departamento, é "muito cedo para avaliar as consequências de eventos que ainda estão se desenrolando" (Reprodução/Bloomberg)

FMI: segundo o diretor do departamento, é "muito cedo para avaliar as consequências de eventos que ainda estão se desenrolando" (Reprodução/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 19 de maio de 2017 às 11h56.

Última atualização em 19 de maio de 2017 às 11h57.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta sexta-feira que mantém, "por enquanto", sua previsão de crescimento de 0,2% para este ano no Brasil, e acompanha de perto a aguda instabilidade política no país.

Acusado por denúncias de corrupção, o presidente Michel Temer assegurou na quinta-feira que não irá renunciar, mas as declarações contra ele sacudiram a economia, ao ponto de a Bolsa de São Paulo ter que interromper temporariamente suas operações ao cair mais de 10%.

Em um relatório publicado nesta sexta-feira em Washington, o Departamento para o Hemisfério Ocidental do FMI manteve a previsão de 0,2% para o PIB brasileiro neste ano, que já havia expressado em abril.

No entanto, o diretor deste departamento, Alejandro Werner, disse em uma coletiva em São Paulo que é "muito cedo para avaliar as consequências de eventos que ainda estão se desenrolando".

Werner assinalou que a "volatilidade aumentou ontem [quinta-feira] em resposta aos recentes eventos", fazendo referência à incerteza sobre a continuidade de Temer à frente do governo e a renúncia de um seus ministros.

"Estaremos acompanhando de perto a situação nas próximas semanas para avaliar se precisaremos alterar nossa projeção. Por enquanto mantemos a previsão" de crescimento, expressou o economista.

Há apenas um mês, durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial em Washington, a diretora-geral Christine Lagarde expressou a impressão de que a maior economia da América Latina parecia ter "feito a curva" depois de dois anos de recessão.

O Brasil viveu um forte retrocesso de 3,8% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e em 2016 a queda foi de 3,6%, em uma sequência que representa os piores resultados da série histórica iniciada em 1948.

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