Bolsa de valores em Nova York (NYSE) (Mario Tama/Getty Images)
Fabiane Stefano
Publicado em 4 de março de 2021 às 10h33.
O forte fluxo de capital para mercados emergentes após o pior da pandemia desacelerou com o menor apetite por risco, segundo o Instituto de Finanças Internacionais.
Investidores injetaram US$ 31,2 bilhões em ações e títulos de países em desenvolvimento em fevereiro, abaixo do recorde de US$ 107,4 bilhões em novembro, de acordo com o IFI. É um sinal de que o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos esfriou a euforia com a distribuição de vacinas e ganhos dos mercados de commodities, de acordo com o instituto, que representa empresas financeiras globais.
“Os temores de um ciclo reflacionário nos EUA, combinados com a rotação do mercado de ativos, limitaram a escala de entradas de capital para mercados emergentes e aumentaram o risco de perdas”, disse em relatório Jonathan Fortun, economista do IFI em Washington. Segundo ele, os rendimentos crescentes nos EUA elevam o risco de uma turbulência causada pela possibilidade de retirada dos estímulos.
Em fevereiro, títulos de dívida de mercados emergentes atraíram US$ 22,8 bilhões em compras líquidas de não residentes, mostram os dados. As ações receberam apenas US$ 8,4 bilhões, a maior parte destinada à China. Foi a menor entrada em ações do mundo em desenvolvimento desde que gestores sacaram US$ 5,3 bilhões em outubro, de acordo com o IFI.