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Fitch reafirma rating AAA da Alemanha, com perspectiva estável

Para a agência, país conta com economia diversificada e de alto valor agregado, além de instituições fortes

Berlin, capital da Alemanha  (Sylvain Sonnet/Getty Images)

Berlin, capital da Alemanha (Sylvain Sonnet/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 15 de março de 2024 às 19h13.

A Fitch Ratings reiterou a nota de crédito de longo prazo em moeda estrangeira da Alemanha em AAA, com perspectiva estável. Segundo a agência, o país ostenta uma economia diversificada e de alto valor agregado, além de instituições fortes, que asseguram uma prudência na política fiscal e baixo custo de financiamento para o governo.

A instituição ressalta que a maior potência econômica da Europa consegue sustentar consistente superávit em conta corrente, o que demonstra a competitividade do setor exportador, ao mesmo tempo em que permite um saldo positivo de investimento internacional e de crédito.

Apesar disso, a Fitch reconhece desafios estruturais no horizonte alemão. O envelhecimento da população, por exemplo, começa a pressionar o mercado de trabalho e as finanças públicas de acordo com a análise.

A agência também chama atenção para o crescimento lento da economia alemã desde a emergência da pandemia de covid-19. A Fitch prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0 1% em 2024, após uma contração de 0,3% em 2023. A expectativa é de que a expansão acelere a 1,4% em 2025. "Estimamos que o choque energético reduziu o nível do produto potencial da Alemanha em 1% do PIB, mas o hiato do produto é grande, indicando espaço para recuperação", analisa.

A Fitch acrescenta que a decisão da Justiça alemã de determinar a retomada do dispositivo que limita o endividamento, conhecido como "freio da dívida", amplia a previsibilidade das contas públicas e aponta para a redução do déficit fiscal.

"No entanto, existe uma grande incerteza quanto à trajetória orçamental para além de 2024, uma vez que não é claro quanto de consolidação o governo terá de implementar para cumprir a regra do freio da dívida, limitando o déficit estrutural a 0,35% a nível do governo central", alerta.

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