Economia

Fitch espera reforma da Previdência para decidir rating do Brasil

A Fitch atualmente atribui nota BB, com perspectiva negativa para o rating soberano do país

Fitch: a agência prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0,7% neste ano, mas já considera reduzir essa projeção (Matt Lloyd/Bloomberg)

Fitch: a agência prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0,7% neste ano, mas já considera reduzir essa projeção (Matt Lloyd/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2017 às 18h25.

Última atualização em 24 de março de 2017 às 12h53.

São Paulo - A aprovação do projeto de reforma da Previdência pelo Congresso faria a agência de classificação Fitch ao menos rever a perspectiva de rating do Brasil, disse nesta quinta-feira o diretor da instituição no país, Rafael Guedes.

"Naturalmente, isso depende de qual reforma será aprovada, mas isso mudaria a perspectiva futura", disse Guedes durante evento com profissionais do mercado.

A Fitch atualmente atribui nota BB, com perspectiva negativa para o rating soberano do país. A nota está dois níveis abaixo do chamado grau de investimento, a partir do qual se considera o emissor com baixo risco de calote.

Segundo o executivo, contra o rating brasileiro ainda há uma série de fatores negativos, incluindo desemprego elevado, baixa atividade econômica e o risco do governo do presidente Michel Temer ser destituído pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Fitch prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 0,7 por cento neste ano, mas já considera reduzir essa projeção, disse Guedes. Para 2018, a previsão da agência é de aumento de cerca de 2 por cento do PIB brasileiro.

Além disso, a instituição considera que a relação dívida/PIB continuará subindo nos próximos anos, só voltando a cair a partir de 2021, isso no melhor cenário.

No plano político, o ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa presidencial encabeçada por Dilma Rousseff com Michel Temer como vice, entregou nesta quinta-feira um relatório parcial aos demais ministros do TSE, inaugurando a reta final do processo.

Em contrapartida, a aprovação de uma agenda de reformas pelo Congresso Nacional, principalmente da previdência, permitiria prever uma consolidação fiscal mais benigna para o país, disse.

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