Economia

Fitch eleva "nota" da Argentina após reestruturação de dívida

Medida ocorre depois que a S&P, outra agência de rating, elevou a nota de crédito soberano da Argentina, retirando-o do território de default

Peso Argentino: (Agustin Marcarian/Reuters)

Peso Argentino: (Agustin Marcarian/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 10 de setembro de 2020 às 14h52.

Última atualização em 10 de setembro de 2020 às 15h39.

A agência de classificação de risco Fitch elevou nesta quinta-feira o rating soberano da Argentina para "CCC" ante "RD", mencionando a conclusão das reestruturação de dívidas em seus títulos de dívida soberana em moeda estrangeira nos mercados local e externo.

A medida ocorre depois que a S&P, outra agência de rating, elevou na segunda-feira a nota de crédito soberano da Argentina, retirando-o do território de default, após o país sul-americano reestruturar com sucesso mais de 100 bilhões de dólares em dívida soberana.

Após meses de tensas negociações com credores desenvolvidas em meio à pandemia do coronavírus, o país — que atravessa uma grave crise econômica — chegou a um resultado que implica uma reestruturação de cerca de 99% do valor total de sua dívida.

Um sólido acordo era fundamental para a Argentina, terceira maior economia da América Latina e um dos mais importantes produtores de grãos do mundo, sair da inadimplência em que caiu neste ano após uma recessão iniciada em 2018. Analistas preveem que a economia do país vai contrair cerca de 12,5% em 2020.

“A Argentina terá um alívio da dívida na próxima década de 37,7 bilhões de dólares e a taxa de juro média cai de 7% para 3,07%”, disse o ministro da Economia, Martín Guzmán, durante o anúncio em que acompanhou o presidente Fernández. A dívida pública argentina totaliza 324 bilhões de dólares, cerca de 90% do PIB.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingArgentinaDívidas de países

Mais de Economia

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR