Ônibus em São Paulo: o destaque ficou para o grupo Transportes, em meio ao reajuste de preços, com alta de 4,15% (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2015 às 06h51.
São Paulo - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo encerrou janeiro com alta de 1,62 por cento, após avanço de 0,30 por cento em dezembro, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de que o indicador registrasse alta de 1,61 por cento em janeiro na mediana das estimativas. No mês passado, o destaque ficou para o grupo Transportes, em meio ao reajuste de preços, com alta de 4,15 por cento e peso de 0,7178 ponto percentual após avanço de 0,31 por cento em dezembro.
Também pesou em janeiro a alta de 1,57 por cento de Alimentação, após 0,47 por cento em dezembro, com peso de 0,3584 ponto percentual. A maior alta de preços foi registrada no grupo Educação, com elevação de 6,86 por cento em janeiro, o mês tradicionalmente mais forte neste segmento. O peso no índice, porém, foi menor do que Transportes e Alimentação, ficando em 0,2446 ponto.
O IBGE divulga na sexta-feira os dados do IPCA de janeiro, depois de a prévia da inflação oficial, o IPCA-15, ter acelerado a alta a 0,89 por cento no mês passado, sob a força dos preços de alimentos e tarifas públicas.
A pressão inflacionária não deve perder fôlego no curto prazo devido aos recentes anúncios de diversas medidas fiscais pela nova equipe econômica, como parte da investida do governo para colocar as contas públicas em ordem.
No atual ciclo de aperto monetário iniciado em outubro, o Banco Central elevou a Selic para os atuais 12,25 por cento, mas na semana passada avaliou através da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que os avanços no combate à inflação ainda não foram suficientes. A próxima divulgação do IPC-Fipe, referente à primeira quadrissemana de fevereiro, será no próximo dia 10.
O IPC-Fipe mede as variações quadrissemanais dos preços às famílias paulistanas com renda mensal entre 1 e 10 salários mínimos.