Economia

Fipe prevê deflação de 0,07% para IPC de março

Um impacto maior da desoneração da tarifa de energia elétrica e a manutenção do arrefecimento nos preços dos alimentos deverão levar o IPC em SP para o campo negativo


	A expectativa da Fipe é de que o efeito maior da desoneração da tarifa de energia elétrica seja percebido na terceira quadrissemana de março
 (Marcos Santos/USP Imagens)

A expectativa da Fipe é de que o efeito maior da desoneração da tarifa de energia elétrica seja percebido na terceira quadrissemana de março (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 14h05.

São Paulo - Um impacto maior da desoneração da tarifa de energia elétrica e a manutenção do arrefecimento nos preços dos alimentos deverão levar o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na cidade de São Paulo para o campo negativo em março, podendo alcançar -0,07%.

A afirmação foi feita nesta segunda-feira pelo coordenador do IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Rafael Costa Lima, durante entrevista coletiva para comentar a desaceleração do IPC, de 1,15% em janeiro para 0,22% em fevereiro. "O impacto da energia vai ser sentido principalmente em março e ainda vai ajudar a segurar a inflação, que deverá ficar negativa", disse.

A expectativa da Fipe é de que o efeito maior da desoneração da tarifa de energia elétrica seja percebido na terceira quadrissemana de março, quando o item deverá sofrer uma retração de 12,75%. Em fevereiro, a tarifa de energia elétrica cedeu 5,44% no IPC.

Costa Lima não alterou a previsão para a taxa acumulada pelo IPC ao final de 2013, que segue em 5,40%. Segundo ele, os preços dos alimentos deverão continuar perdendo força.

Contudo, ressaltou que há fontes de pressão esperadas para este ano, como o reajuste na tarifa de transporte urbano em várias capitais. "Se há uma notícia boa dessa inflação (de fevereiro), é a desaceleração dos alimentos (de 0,52% para 0,34%), que podem permanecer neste nível ou até abaixo disso", afirmou.

Ele, no entanto, pondera que a inflação acumulada em 12 meses ainda está elevada (5,91% até fevereiro), mas não rompeu 6,0%, como era esperado. "Deve permanecer elevada até o meio do ano, se vier o reajuste de transportes, o repasse do custo maior das termelétricas e o retorno do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) escalonado", exemplificou.

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