Economia

Fipe mantém estimativa de 0,76% para IPC de março em SP

A trajetória esperada para o indicador até o encerramento do mês é de desaceleração


	Feira: o segundo grupo que mais pressionou o IPC da segunda quadrissemana de março foi a Alimentação
 (william87/ThinkStock)

Feira: o segundo grupo que mais pressionou o IPC da segunda quadrissemana de março foi a Alimentação (william87/ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2015 às 18h31.

São Paulo - A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) manteve nesta semana a previsão de 0,76% para a inflação de março na capital paulista.

Conforme o cálculo encaminhado ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, pelo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), André Chagas, a trajetória esperada para o indicador até o encerramento do mês é de desaceleração, com a inflação passando para o nível de 0,84% na terceira quadrissemana antes de chegar à projeção final para março.

Na quinta-feira, 19, a Fipe anunciou que o IPC apresentou taxa de inflação de 0,96% na segunda quadrissemana do mês ante alta de 1,03% na primeira leitura de março. O resultado ficou muito próximo à estimativa de Chagas, que era de uma inflação de 0,98%.

Também ficou dentro do intervalo de expectativas dos analistas do mercado financeiro, que, no levantamento do AE Projeções, esperavam taxa de 0,83% a 1,07%, com mediana de 0,90%.

Com o IPC da segunda quadrissemana de março, a trajetória de desaceleração mostrada pelo indicador desde a segunda leitura de fevereiro se manteve. Na ocasião, a inflação apurada foi de 1,57%, depois de avanço de 1,78% na primeira medição daquele mesmo mês.

Na abertura do IPC da terceira quadrissemana de março por grupos, o grande destaque de pressão de alta voltou a ser a Habitação. Com uma elevação de 1,59% ante avanço de 1,73% na primeira medição do mês, o grupo respondeu sozinho por 0,49 ponto porcentual (51,28%) de toda a taxa geral de inflação apurada.

Também em um cenário idêntico ao da divulgação imediatamente anterior da Fipe, o segundo grupo que mais pressionou o IPC da segunda quadrissemana de março foi a Alimentação.

Com um aumento de 1,26% ante alta de 1,29% na primeira leitura, o grupo representou 0,29 ponto porcentual (30,01%) de todo o índice paulistano.

Em mais uma repetição de quadro, o grupo Transportes foi o terceiro em importância. Avançou 0,89% na segunda quadrissemana e, mesmo com uma variação menos expressiva que a de 1,13% da primeira medição do mês, representou 0,16 ponto porcentual (16,23%) de toda a inflação.

Para o restante do mês, André Chagas espera que os três grupos continuem com as altas mais expressivas do IPC. Entretanto, em sintonia com o aguardado para a inflação geral, previu uma desaceleração para os três conjuntos de preços.

De acordo com o cálculo da Fipe, o grupo Habitação deverá subir 1,22% na terceira quadrissemana e fechar o mês com alta de 1,18%. A Alimentação, por sua vez, avançará 1,22% e 1,07%, respectivamente, conforme o instituto. O grupo Transportes, com um processo de desaceleração mais forte, deverá apresentar alta de 0,69% na terceira quadrissemana e encerrar março com uma variação positiva de 0,34%.

Entre os economistas do mercado financeiro, a percepção futura é um pouco diferente da apresentada pela Fipe. A MCM Consultores, por exemplo, revisou para baixo a expectativa para o IPC de março, após o resultado da terceira quadrissemana. O número, porém, está bem acima do esperado pelo instituto.

De acordo com a consultoria, a projeção para o IPC foi reduzida de 1,20% para 1,00%. "Para as próximas medições, a perspectiva é de interrupção dessa trajetória declinante, em função dos impactos iniciais das altas das contas de luz que, por questões metodológicas, passarão a influenciar o indicador", explicaram os economistas da MCM, em avaliação específica sobre o tema, informando ainda que, para a terceira quadrissemana, a projeção da consultoria é de uma taxa de 0,95% para o índice geral.

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