Economia

Fipe: etanol deixa posto de vilão da inflação em março

São Paulo - O etanol combustível, um dos vilões da inflação no primeiro bimestre do ano, já começa a dar sinais de alívio no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Na primeira quadrissemana de março, o preço do etanol registrou queda de 0,96%, depois de várias semanas seguidas em alta expressiva. No fechamento […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O etanol combustível, um dos vilões da inflação no primeiro bimestre do ano, já começa a dar sinais de alívio no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Na primeira quadrissemana de março, o preço do etanol registrou queda de 0,96%, depois de várias semanas seguidas em alta expressiva. No fechamento de fevereiro, o etanol havia subido 0,14% e, na leitura anterior, 4,51%.

A queda do preço do álcool também contribui para o alívio do preço da gasolina, cujo reajuste neste início de ano foi explicado pelo movimento de alta do álcool. Na primeira quadrissemana de março, a gasolina sofreu reajuste de preço, mas em intensidade bem inferior à observada em fevereiro. Nesta leitura, a alta da gasolina foi de 0,77%, ante 1,62% no fechamento de fevereiro e 1,72% na terceira quadrissemana do mês passado.

Na capital paulista, os preços da gasolina nos postos estão em torno de R$ 2,40 e R$ 2,35 por litro e os do etanol são praticados entre R$ 1,65 e R$ 1,70 por litro, o que torna indiferente para o bolso do consumidor utilizar etanol ou gasolina no tanque dos carros flex.

Mas no interior paulista o etanol já está ligeiramente mais competitivo que a gasolina nos postos de combustíveis. Em cidades como Ribeirão Preto, Campinas e Limeira, enquanto a gasolina segue em média entre R$ 2,50 e R$ 2,60 por litro, o etanol é cobrado entre R$ 1,50 e R$ 1,60, o que torna o hidratado mais competitivo que o combustível fóssil.

Para o coordenador do IPC da Fipe, Antônio Comune, o etanol deve seguir em queda, enquanto a gasolina tende a mostrar desaceleração ao longo de março. Esse fator e o fim do impacto do reajuste dos transportes públicos sobre a inflação explicam a projeção de alta modesta para o grupo Transportes, de 0,08% no mês. Em fevereiro, esse grupo subiu 1,14%.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Câmara dos Deputados aprova PEC que proíbe extinção de tribunais de contas

Aneel recomenda ao governo renovar concessão da Light no Rio por 30 anos

SP gera quase 500 mil vagas de emprego nos primeiros 9 meses de 2025