Economia

Fipe estima alta de 0,42% no IPC de novembro

Estimativa de alta para o IPC de novembro ainda não leva em consideração um eventual reajuste dos combustíveis nos próximos dias, diz economista


	Preços: expectativa é que grupo Alimentação fique com variação de 0,74% em novembro ante 0,85% em outubro
 (Getty Images)

Preços: expectativa é que grupo Alimentação fique com variação de 0,74% em novembro ante 0,85% em outubro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 14h18.

São Paulo - O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), André Chagas, estima que a inflação na cidade de São Paulo deverá fechar novembro em 0,42%, depois da taxa de 0,37% apurada em outubro.

Em entrevista nesta terça-feira, 4, à imprensa, ele disse que os grupos que integram o índice deverão ter taxas próximas às registradas no décimo mês, mas que a incerteza é quanto ao impacto da estiagem prolongada, especialmente sobre os preços dos alimentos in natura.

"A dúvida fica sempre relacionada aos in natura. Vai depender muito do comportamento dos preços do tomate, das frutas... De quanto o consumidor irá referendar esses aumentos", avaliou.

A expectativa da Fipe é que o grupo Alimentação fique com variação de 0,74% em novembro ante 0,85% em outubro; de 0,32% para Habitação (ante 0,38%); previsão de 0,19% para Transportes (ante 0,07%); de 0,55% para Despesas Pessoais (ante -0,12%); de 0,37% para Saúde (ante 0,44%); de 0,32% para Vestuário (ante 0,37%) e de 0,07% para Educação (ante 0,21%).

Já para o grupo Transportes, Chagas disse aguardar inflação de 0,19% no 11º mês de 2014, após 0,07% em outubro.

O economista ressaltou que a expectativa para esta classe de despesa, assim como a estimativa de alta de 0,42% para o IPC de novembro, ainda não levam em consideração um eventual reajuste dos combustíveis nos próximos dias.

O economista, por enquanto, trabalha com um aumento da gasolina da ordem de 5%. Se a alta for confirmada agora, teria um impacto de 0,10 ponto porcentual no IPC de novembro, que iria a 0,52%.

Chagas disse que a revisão de baixa no IPC fechado deste ano, de elevação de 5,50% para 5,32% também não considera um possível reajuste do combustível.

Se o aumento estimado, de 5%, for confirmado, eventualmente o IPC tende a terminar 2014 em 6,50% - exatamente no teto da meta estipulado para o IPCA, índice oficial de inflação do país.

Ele argumentou que a redução na previsão se deve ao fato de que não espera que o IPC feche dezembro em 0,9%, como aconteceu no último mês de 2013, mas sim mais perto de 0,7%.

"Teria de vir em 0,9% pra fechar em 5,50%. Como isso não acontece há muitos 'dezembros'..."

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