Economia

Financiamento imobiliário tem queda de 41,7%, diz Abecip

Os 31 dias de greve bancária derrubaram as negociações de crédito para a construção e comercialização de imóveis no país em setembro

Imóveis: o levantamento considera apenas os negócios realizados com recursos originados na caderneta (Dado Galdieri/Bloomberg)

Imóveis: o levantamento considera apenas os negócios realizados com recursos originados na caderneta (Dado Galdieri/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 19h47.

São Paulo - Os 31 dias de greve bancária derrubaram as negociações de crédito para a construção e comercialização de imóveis no País em setembro. O volume de financiamentos atingiu R$ 3,2 bilhões em setembro de 2016, o menor resultado mensal registrado neste ano.

O montante representa queda de 41,7% em relação a setembro de 2015 e baixa de 21,5% ante agosto de 2016.

Os dados fazem parte de pesquisa divulgada nesta quarta-feira, 26, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O levantamento considera apenas os negócios realizados com recursos originados na caderneta, sem considerar outras fontes como os recursos do FGTS, por exemplo.

Entre janeiro e setembro, os financiamentos imobiliários somaram R$ 33,6 bilhões, montante 45,8% menor que o registrado em igual período do ano passado.

No acumulado de 12 meses, foram financiados R$ 47,2 bilhões, retração de 48,6% em relação ao montante apurado nos 12 meses precedentes.

Número de unidades

Em setembro, 12,2 mil imóveis foram financiados nas modalidades de aquisição e construção, o que representa retração de 51,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado e recuo de 32% em relação a agosto deste ano.

Entre janeiro e setembro 2016, foram financiados 148,1 mil imóveis, recuo de 47,3% em relação a igual período de 2015. No acumulado de 12 meses, o crédito imobiliário viabilizou a aquisição e a construção de 208,4 mil imóveis, com redução de 50,2%.

A retração nesse mercado também está relacionada à crise macroeconômica e à escassez de recursos da caderneta de poupança. Em setembro, os saques nas cadernetas superaram os depósitos, com perda líquida de R$ 1,9 bilhão.

O resultado, porém, foi mais brando que em agosto (perda de R$ 3,52 bilhões) e em setembro do ano passado (perda de R$ 5,38 bilhões), conforme dados do Banco Central compilados pela Abecip.

Entre janeiro e setembro de 2016, a captação líquida foi negativa em R$ 41,4 bilhões, valor inferior ao de igual período de 2015, quando atingiu R$ 51,1 bilhões). Dessa forma, o saldo da poupança encerrou o mês em R$ 496,7 bilhões.

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