Orlando Stadium é um locais que receberá investimentos do governo africano (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A um mês do início da Copa do Mundo, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) informou que aprovou, em março, um repasse adicional de US$ 100 milhões para garantir à África do Sul, país-sede do Mundial, condições para concluir os projetos e cumprir o calendário. O orçamento aumentou de US$ 423 milhões para US$ 523 milhões, segundo o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke. As informações são da BBC Brasil.
O governo da África do Sul se comprometeu a investir cerca de US$ 5 bilhões na construção e no desenvolvimento de dez estádios, na segurança e na infraestrutura de transporte. Um estudo da consultoria Grant Thornton estimou que o evento representará 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional sul-africano.
Segundo Valcke, o dinheiro extra vai ser aplicado em campos de treino. "Algumas equipes estavam insatisfeitas com o nível dos serviços dos campos", disse o secretário-geral.
De acordo com ele, uma das seleções que manifestaram preocupação com a qualidade dos gramados de treino foi a da Inglaterra. O técnico inglês, Fabio Capello, está agora satisfeito com sua base na África do Sul.
Valcke disse acreditar que, com os US$ 100 milhões, não será necessário repasse extra. Segundo ele, o aporte adicional será compensado pela receita de cerca de US$ 3 bilhões que o evento deve gerar.
A diretora da Grant Thornton na África do Sul, Gillian Saunders, disse que os investimentos ajudaram a segurar a economia do país em meio à crise global. "Existe uma percepção negativa em outros países em relação à África do Sul", afirmou. "Organizar a Copa do Mundo aqui ajudará a mudar essas percepções."
Para o secretário-geral da Fifa, a Copa do Mundo na África do Sul é um evento com potencial de deixar um legado de união em um país marcado por uma história de diferenças raciais e imensas desigualdades sociais.