Fábrica da Unilever em Minas Gerais (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 19h02.
São Paulo - A atividade da indústria paulista deve cair 4,4% até o final do ano, de acordo com avaliação do diretor da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Francini.
A Fiesp divulgou nesta quarta-feira, 02, uma queda de 0,9% na produção industrial em São Paulo em maio, na comparação com abril, segundo o seu Indicador do Nível de Atividade (INA).
"O desempenho da atividade industrial de São Paulo deve cair 4,4% até o final de 2014 e não há de onde tirar um sinal de recuperação do setor", reiterou Francini.
Segundo ele, os fundamentos que compõem o INA corroboram o persistente cenário de baixa performance industrial.
"De algum lado teria de vir o sinal de recuperação e nós não o encontramos. Pelo contrário, as variáveis apontam para baixo. Portanto, a situação da indústria no ano é muito pior do que o cenário mais pessimista que nós poderíamos ter", afirmou Francini.
Ele reforçou que fundamentos como a queda do emprego, a baixa demanda interna e externa pelo setor automotivo, sobretudo por parte da Argentina, e a falta de disposição para novos investimentos da indústria de máquinas e equipamentos continuam abatendo o desempenho da indústria paulista.
Francini acrescentou ainda que o aumento da taxa de juros e a falta da correção da taxa câmbio são fatores que agridem ainda mais o setor manufatureiro.
"Portanto você olha para a indústria e não vê por onde ela vai sair. Num ano eleitoral em que o fantasma da inflação existe, você tem aumento da taxa de juros e uma taxa de cambio que não está se corrigindo", disse.