Economia

Fiesp e sindicalistas criticam manutenção da Selic em 11%

Segundo o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbrucha, o atual patamar dos juros põe em risco a situação financeira das empresas e de trabalhadores.


	DInheiro: Força Sindical atribui aos juros elevados a retração da economia nos últimos meses
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

DInheiro: Força Sindical atribui aos juros elevados a retração da economia nos últimos meses (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 21h18.

São Paulo - A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central de manter a taxa básica de juros (Selic) em 11% ao ano.

Segundo o presidente da entidade, Benjamin Steinbruch, o atual patamar dos juros põe em risco a situação financeira das empresas e de trabalhadores.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) também divulgou nota destacando que a manutenção dos juros pode trazer impactos negativos para os trabalhadores.

Diz que manter a Selic em patamar elevado contribui para "frear o crescimento econômico, com consequências danosas para o país e para os trabalhadores, como a possível volta do desemprego e redução da massa salarial".

De acordo com o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, juros altos só beneficiam as instituições financeiras e os especuladores.

"Essa política de juros altos só tem contribuído para turbinar o lucro dos bancos e a concentração da renda. Para que haja crescimento sustentável é necessário desenvolvimento com geração de empregos e distribuição de renda", enfatiza na nota.

A Força Sindical atribui aos juros elevados a retração da economia nos últimos meses.

“A atual situação - queda drástica no nível da atividade econômica – já era esperada, e foi causada por um conjunto de fatores, como falta de investimentos, câmbio sobrevalorizado durante muito tempo e, sobretudo, por uma política monetária que, durante boa parte do tempo, manteve as taxas de juros em patamares extremamente elevados”, diz a nota assinada pelo presidente da central sindical, Miguel Torres.

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