Economia

Fiesp, Contraf e Fecomercio criticam aumento dos juros

A Fiesp defendeu o aumento dos investimentos públicos como forma de garantir o crescimento econômico


	“O Brasil não pode abrir mão do controle da inflação, mas devemos superar a política econômica do uso exclusivo da taxa de juros”, ressaltou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf
 (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

“O Brasil não pode abrir mão do controle da inflação, mas devemos superar a política econômica do uso exclusivo da taxa de juros”, ressaltou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (Kenia Hernandes/VEJA São Paulo)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 21h04.

São Paulo – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) classificou como equivocada a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,25% na noite de hoje (17), aumentando a taxa para 7,5% ao ano. “O Brasil não pode abrir mão do controle da inflação, mas devemos superar a política econômica do uso exclusivo da taxa de juros”, ressaltou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

A federação defendeu o aumento dos investimentos públicos como forma de garantir o crescimento econômico. “A nova política econômica deve ousar no sentido de aumentar os investimentos públicos, controlar os gastos de custeio, criar um ambiente favorável ao investimento privado e, de forma corajosa, finalizar as reformas que promovam a desindexação da nossa economia", disse Skaf por meio de nota.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) também se manifestou contra a elevação da Selic. Para a entidade, o aumento da taxa pode frear a expansão da economia brasileira.

“O Banco Central errou ao engatar uma marcha ré no caminho da redução da Selic, pois essa decisão somente agrada aos rentistas e especuladores do mercado financeiro e não ajuda a estimular o crescimento, a expansão do crédito, o fortalecimento da produção e do consumo e a geração de empregos", disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro.

A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP), foi menos dura, mas também criticou a medida. “As autoridades econômicas poderiam ter cogitado outro caminho para lidar com a questão, como a retomada dos investimentos públicos, direcionamento de gastos e mudanças nas metas de inflação para números mais realistas”, diz a nota da entidade.

A federação do comércio enxerga a elevação como um possível entrave ao crescimento que não ataca as reais causas da inflação. “O aumento neste momento pode ser um obstáculo para a retomada do ritmo de crescimento do país, pois os juros não exercem influência em itens que tem causado as pressões inflacionárias, como no caso dos alimentos e serviços”.

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