Economia

Preços administrados devem subir mais em 2014, diz FGV

Preços administrados devem subir 4,3% no ano que vem, ante uma projeção de 1,2% para este an


	Torre de energia: tarifas de energia elétrica devem ter alta de 4% em 2014, contra queda de 15,08% neste ano
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Torre de energia: tarifas de energia elétrica devem ter alta de 4% em 2014, contra queda de 15,08% neste ano (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 18h08.

Rio - Os preços administrados devem subir 4,3% no ano que vem, ante uma projeção de 1,2% para este ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A aceleração se dará porque os itens desse grupo terão comportamento bastante distinto deste ano. As tarifas de energia elétrica, por exemplo, devem ter alta de 4% em 2014, contra queda de 15,08% neste ano.

"O reajuste de gasolina também não será inferior ao deste ano, como uma tentativa de honrar o compromisso (de equalizar os preços internos aos internacionais)", afirmou o superintendente adjunto de inflação da FGV, Salomão Quadros, que espera alta de 5% nos preços da gasolina em 2014. Os ônibus, que tradicionalmente tendem a subir pouco em anos de eleição, devem apresentar alta de 1%.

Caso o governo decida continuar represando parte dos preços administrados (ainda que contem com uma margem reduzida para isso), essa decisão poderia complicar o quadro inflacionário para 2015. "Se tiver muita administração de preços em 2014, isso significa mais inflação reprimida e que precisará ser corrigida em 2015", afirmou Quadros.

Mesmo assim, a inflação está longe de convergir para a meta de 4,5%. Segundo a economista e coordenadora do Boletim Macro da FGV, Silvia Matos, seria necessário um arrefecimento da inflação de serviços (para a casa dos 6%) para que isso acontecesse. Mas isso implicaria um desaquecimento no mercado de trabalho, ponderou. No momento, a expectativa é de que os juros continuem a trajetória atual (de elevação até 10,5% em 2014) e o cenário fiscal de 2015 contribua para desacelerar a alta dos preços, ainda que permaneça acima da meta perseguida pelo governo.

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