Economia

Mensalidade escolar e cigarro impulsionam IPC-C1

O indicador teve alta de 0,71% em janeiro, ante elevação de 0,56% em dezembro do ano passado


	Consumidora escolhe material escolar em papelaria: a alta de preços dos materiais escolares foram os principais impactos para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1
 (Marcelo Camargo/ABr)

Consumidora escolhe material escolar em papelaria: a alta de preços dos materiais escolares foram os principais impactos para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 13h20.

Rio - O reajuste de mensalidades de escolas e creches e a alta de preços dos materiais escolares foram os principais impactos para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1). Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o indicador teve alta de 0,71% em janeiro, ante elevação de 0,56% em dezembro do ano passado.

"Ainda que o peso de cursos formais seja menor para as famílias de baixa renda, há uma parcela que se utiliza da rede privada", justifica o superintendente adjunto de Inflação do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, Salomão Quadros.

Em janeiro, os cursos formais tiveram alta de 9,29%, puxados pelos cursos de ensino médio (10,27%). Já o material escolar teve aumento de 1,30% no primeiro mês de 2014.

Além disso, a elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos cigarros fez com que o item tivesse alta de 6,59% em janeiro, depois de avançar 0,68% em dezembro.

Desde o início de 2014, vigora a nova alíquota do Regime Especial de IPI para cigarros, de 54%. Em 2013, o imposto que incidia sobre o item era de 47%. "Se não houvesse o aumento dos cigarros, aceleração não teria sido tão forte", disse Quadros.

O ponto positivo do IPC-C1 de janeiro é que os alimentos aparecem com uma sazonalidade muito mais baixa do que no início de 2013.

"Janeiro é sempre um mês pressionado. Mas, neste ano, o efeito veio até mais suave", explicou o superintendente. Com isso, os alimentos aceleraram a 0,80% no primeiro mês do ano, mas ficaram sensivelmente abaixo dos 2,48% observados em janeiro de 2013. "Alguns alimentos registram queda nos preços, algo que não é muito comum", acrescentou Quadros.

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